A nova esperança para a Doença de Alzheimer

No final do último mês os resultados finais do estudo EXPEDITION foram apresentados no Alzheimer’s Association International Conference (AAIC). A impressão que ficou no ar na conferência foi a  que finalmente estamos próximos de termos uma droga modificadora de doença no Alzheimer: O solanezumab. O estudo, de 52 semanas, apresentou resultados positivos nos sintomas e melhora na …

No final do último mês os resultados finais do estudo EXPEDITION foram apresentados no Alzheimer’s Association International Conference (AAIC). A impressão que ficou no ar na conferência foi a  que finalmente estamos próximos de termos uma droga modificadora de doença no Alzheimer: O solanezumab. O estudo, de 52 semanas, apresentou resultados positivos nos sintomas e melhora na avaliação cognitiva de pacientes com Alzheimer.

A primeira parte do EXPEDITION 1 e 2 teve duração de 28 semanas. Durante 18 meses pacientes com doença de Alzheimer, leve ou moderada, receberam infusões de solanezumab ou placebo a cada 4 semanas. Os resultados iniciais foram positivos, porém sem grande significado no quesito modificação de doença.

Na segunda parte do estudo, chamada de EXPEDITION-EXT, pacientes que haviam recebido o Solanezumab no EXPEDITION 1 e 2 continuaram recebendo a droga, enquanto aqueles que haviam recebido o placebo começaram também a receber a medicação a partir da 28a semana de estudo. Durante todo o período de 52 semanas de estudo o duplo cegamento foi preservado.

Ao todo 1322 pacientes com doença de Alzheimer foram selecionados, sendo divididos em uso da medicação desde o inicio ou uso de placebo no inicio com uso da medicação na segunda etapa. Foi a primeira vez que utilizou-se a metodologia de uso tardio versus precoce para doença de Alzheimer e os resultados foram muito positivos.

Ambos os grupos, uso precoce e uso tardio, apresentaram melhoras nos sintomas. O grupo que utilizou o medicamento desde o principio do estudo apresentou melhores resultados cognitivos do que os pacientes de uso tardio quando avaliado pelo ADAS-COG e ADCS-ADL, demonstrando um não “catch-up” por parte do grupo tardio em relação ao grupo precoce.

O solanezumab conseguiu reduzir a velocidade progressão da doença no grupo de tratamento precoce quando comparado ao tardio. O mecanismo em si ainda não foi totalmente compreendido pelos pesquisadores, porém eles acreditam que o mesmo será esclarecido após as análises finais do casos.

A última consulta de um paciente do estudo será em outubro de 2016, até lá milhares de famílias ao redor do mundo aguardarão ansiosamente esperançosos as palavras finais do Dr. Liu-Seifert e sua equipe, para quem sabe consigam garantir que seus entes queridos continuem tendo uma vida comum pro mais alguns anos.

 

Este estudo foi patrocinado pela: Lilly

 

O autor não possui conflito de interesses.

 

Referências Bibliográficas:

  • CLINICAL TRIALS RESULTS AND NEW DATA ANALYSES IN AMYLOID-RELATED THERAPIES FROM THE ALZHEIMER’S ASSOCIATION INTERNATIONAL CONFERENCE 2015 – Longer-Term Analysis of Phase 3 Solanezumab (Lilly) Up to 3.5 Years
  • Solanezumab Shows Potential Disease-Modifying Effect in AD – Megan Brooks – 22/07/2015

 

 

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