Alimentação precoce causa danos ao paciente com pancreatite aguda?

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A pancreatite aguda é uma causa comum de hospitalização em todo o mundo, e dados recentes sugerem que a sua incidência esteja aumentando. Geralmente, seu tratamento consiste em reconhecimento precoce, hidratação intravenosa agressiva, controle da dor e monitoramento de suporte.

O momento correto da terapia nutricional dos pacientes hospitalizados com pancreatite aguda tem sido controverso. Embora estudos de pacientes com sepse sugerem benefício da alimentação precoce, dados robustos sobre o momento da alimentação em pacientes com pancreatite são escassos.

Uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados, publicada no Annals of Internal Medicine, foi realizada com o objetivo de avaliar se alimentação precoce interfere no tempo de permanência hospitalar, sintomas e desfechos clínicos comparados a alimentação tardia em pacientes hospitalizados com pancreatite aguda.

A busca bibliográfica foi realizada nas bases de dados MEDLINE via Ovid, EMBASE, Cochrane Library, CINAHL e Web of Science até janeiro de 2017. Estudos publicados em qualquer idioma e em texto completo, resumo ou pôster foram considerados.

Foram incluídos estudos envolvendo pacientes adultos hospitalizados com pancreatite aguda que avaliaram a alimentação precoce versus tardia (≤48 versus > 48 horas após a hospitalização). No total, foram localizados 1.319 citações, das quais 8 ensaios clínicos randomizados e 3 abstracts envolvendo 948 pacientes preencheram os critérios de elegibilidade.

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A pancreatite aguda foi uniformemente definida entre os estudos na presença de 2 ou mais dos seguintes critérios: dor abdominal típica, lipase sérica ou nível de amilase pelo menos 3 vezes o limite superior do valor normal e resultados característicos na imagem.

Sete ensaios avaliaram pacientes com pancreatite leve a moderada e quatro incluíram pacientes com pancreatite grave. As vias utilizadas para alimentação precoce incluíram oral (n=4 estudos), nasogástrica (n=2 estudos), nasojejunal (n=4 estudos) e oral ou nasoentérica (n=1 estudo).

Entre os pacientes com pancreatite leve a moderada, a alimentação precoce foi associada à redução do tempo de permanência hospitalar em 4 dos 7 estudos. Outros desfechos foram heterogêneos e relatados de forma variável, mas nenhum estudo mostrou aumento dos eventos adversos com alimentação precoce.

Entre os pacientes com pancreatite grave, evidências limitadas não observaram diferença estatisticamente significativa nos desfechos entre a alimentação precoce e tardia.

Dados limitados desta revisão sistemática sugerem que a alimentação precoce em pacientes com pancreatite aguda não parece aumentar os eventos adversos e, para pacientes com pancreatite leve a moderada, pode reduzir a duração da permanência hospitalar.

Referência:

  • Vaughn VM, Shuster D, Rogers MAM, Mann J, Conte ML, Saint S, et al. Early Versus Delayed Feeding in Patients With Acute Pancreatitis. Ann Intern Med. 2017 May 16. doi: 10.7326/M16-2533. [Epub ahead of print]

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