Como a saída do Reino Unido da UE afetará o famoso NHS

Na última quinta feira o Reino Unido tomou uma grande decisão em seu destino político: sair da União Europeia (UE).

250-BANNER6Na última quinta feira o Reino Unido tomou uma grande decisão em seu destino político: sair da União Europeia (UE).  A opção pela saída afetará a vida de milhões de pessoas, desde aspectos econômicos, viagens, imigração, segurança nacional, e saúde.

O famoso National Health Service (NHS) será afetado por essa escolha, não imediatamente, porém em médio prazo. Segundo analistas este efeito tende a ser positivo para o sistema de saúde que vinha sofrendo com os altos gastos, principalmente relacionados a livre entrada de pessoas da UE.

Defensores do Brexit (British Exit) afirmam que o movimento permitirá um adicional de 150 milhões de euros a serem gastos em saúde pública e outros serviços.

Uma recente análise estimou que em 2014 a migração na UE impactou um aumento de 160 milhões de euros nos custos de NHS. Apesar do alto valor, este ainda parece pequeno frente ao 1.4 bilhões de euros de custos adicionais causados por outros fatores como envelhecimento populacional e  imigrantes de países fora do bloco europeu.
O atendimento amplo e universal do NHS, associado a crescentes gastos, torna o NHS um modelo cada vez mais caro para o Reino Unido. Uma recente posição para reduzir gastos recente, foi ampliação da carga horaria dos médicos residentes, o qual comentamos no texto Você conhece os dramas da residência médica?

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Alguns outros dilemas acontecem com a Brexit, como por exemplo o fato de que 10% dos médicos e 4% dos profissionais de enfermagem são de outros países europeus, causando um mal estar entre esses profissionais, e que o seguro saúde europeu deixaria de ser válido para cidadãos do Reino Unido que estivessem visitando outros países da UE.

Ademais, é sabido que diversas linhas de pesquisa do Reino Unido se beneficiaram de fundos oferecidos pela UE, bem como parcerias com outros países membros, o que poderia ser abalado pela saída do bloco.

A grande conclusão é que existe um mar de incerteza a respeito desta saída. Como poderia um país com amplo sistema de saúde, altos índices de imigração, e grande impacto em toda a saúde do bloco europeu, romper relações, tratamentos e pesquisas clínicas com outros membros da UE?

Esta é uma questão que deverá passar além das decisões aplicadas pela escolha de um referendo populacional, e que exige uma análise muito mais complexa do que simplesmente a permanência econômica e política do Reino Unido na UE. Afinal de contas, os preceitos do atendimento universal, englobariam muito além do que as fronteiras políticas em mundo tão globalizado.

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