DMARDS são seguros no tratamento da artrite reumatoide?

O manejo de pacientes com artrite reumatoide depende do estágio, atividade e gravidade da doença, variando de acordo com as características individuais.

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Artrite reumatoide é uma doença autoimune, inflamatória, sistêmica e crônica. Poliartrite aguda (70%) com sinovite persistente nas mãos (91%) e rigidez matinal prolongada (mais de 2 horas) são apresentações clínicas mais comuns segundo dados de um estudo brasileiro de pacientes com artrite reumatoide inicial.

A rigidez matinal pode ser o sintoma inicial e costuma ser um vestígio de doença ativa. As articulações interfalangianas proximais e metacarpofalangianas são acometidas em mais de 90% das ocorrências.

O manejo de pacientes com artrite reumatoide depende do estágio, atividade e gravidade da doença, variando de acordo com as características individuais e com a resposta aos regimes prévios de tratamento.

O objetivo final do tratamento é suprimir a inflamação articular e deve ser realizado o mais rápido possível com intuito de induzir remissão, prevenir e controlar a lesão articular, perda de função e alívio da dor, tentando melhorar a qualidade de vida dos pacientes, uma vez que não há cura definitiva.

Uma infinidade de medicamentos modificadores do curso da doença (em inglês, Disease Modifying Antirheumatic Drugs, DMARDS) convencionais, biológicos e sintéticos podem ser utilizados em diferentes sequencias e/ou combinações no tratamento da artrite reumatoide.

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Uma revisão sistemática da literatura de estudos observacionais foi publicada recentemente por Ramiro e colaboradores. Seu objetivo foi comparar a segurança de qualquer DMARDS com outra intervenção no manejo de pacientes com artrite reumatoide.

A pesquisa foi realizada nas seguintes bases de dados: MEDLINE, EMBASE e The Cochrane CENTRAL Register of Controlled Trials até março de 2016, sem restrições de idioma. Todos os desfechos de segurança foram incluídos.

Vinte e seis estudos observacionais abordando diversos resultados de segurança preencheram os critérios de elegibilidade.

Pacientes em uso de DMARDs biológicos comparados com pacientes em uso de DMARDs sintéticos convencionais apresentaram maior risco de infecções graves (hazard ratio [HR] ajustado: 1,1 a 1,8), sem diferenças entre os DMARDs biológicos, maior risco de tuberculose (HR ajustado: 2,7 a 12,5), mas sem risco aumentado de infecção por herpes zoster.

Os pacientes que receberam DMARDs biológicos não apresentaram um risco aumentado de malignidades em geral, linfoma ou câncer da pele não melanoma, mas foi observado que o risco de melanoma foi ligeiramente aumentado.

Estes resultados confirmam o padrão de segurança conhecido de DMARDs biológicos, incluindo o inibidor do fator de necrose tumoral (TNFi) e não-TNFi, para o tratamento da artrite reumatoide.

 

Referências:

  • Albers JM, Paimela L, Kurki P, Eberhardt KB, Emery P, van t Hof MA, et al. Treatment strategy, disease activity, and outcome in four cohorts of patients with early rheumatoid arthritis. Ann Rheum Dis. 2001;60(5):453–8.
  • Ministério da Saúde (Brasil). Secretária da Ciência-Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para artrite reumatoide. 2006.

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