Ebola (Parte III) – O que os médicos precisam saber

O Ebola tem sido tema recorrente nas discussões de toda sociedade médica ou não. Estamos realizando uma série de análises sobre diversos pontos da doença.

Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos.

O Ebola tem sido tema recorrente nas discussões de toda sociedade médica ou não. Estamos realizando uma série de análises sobre diversos pontos da doença.

Até o momento já foram reportados mais de 15.000 casos de Ebola na África, resultando em mais de 4.000 mortes. Além disso, alguns países na Europa e o Estados Unidos tiveram casos isolados de pessoas provenientes de regiões endêmicas e contatantes. Um dos principais modos de prevenir a progressão da doença é isolar apropriadamente os casos suspeitos e doentes (Leia mais a respeito na Parte II).

Nesta terceira análise iremos avaliar os principais pontos que os médicos precisam saber.

  • Identificar precocemente os casos suspeitos: Determinar os pacientes suspeitos através da avaliação epidemiológica (nos últimos 21 dias) e sintomatologia:
    • febre (> 38oC);
    • cefaleia;
    • fraqueza;
    • mialgia;
    • vômitos;
    • diarreia;
    • dor abominal;
    • anorexia;
    • dispneia;
    • confusão;
    • convulsões.
    • Febre > fadiga > vômito;
    • Homem, 15 a 44 anos, com sintomas iniciado após 12 dias de contato e provenientes, principalmente, da Guiné, Liberia, Serra Leoa, Senegal e Nigéria.
  • Incubação: Período de incubação é de até 21 dias (média 8-10 dias);
  • Gravidade dos casos: Sangramentos não estão sempre presentes nos pacientes. Quando presentes, junto com outros sintomas de gravidade, indicam maior mortalidade. Podem se apresentar como sangramentos subcutâneos ou hemorragia franca – a mortalidade atual é de aproximadamente 70%;
  • Diagnóstico: O diagnóstico é confirmado através de testes que incluem ELISA, IgM ELISA, PCR e isolamento do vírus nos primeiros dias;
  • Tratamento: Não existe medicamento definido para curar o paciente infectado por Ebola. O tratamento baseia-se em suporte agressivo e tratamento direcionado a infecções e complicações. Múltiplas medicações estão em teste;
  • Recuperação: Em geral os pacientes levam 6 dias para recuperar-se do quadro quando curados;
  • Reduzindo o risco: O uso de EPIs (incluindo N95) são fundamentais para reduzir o risco de contaminação. É necessária a descontaminação com desgermante e álcool de locais onde pacientes com Ebola estiveram em contato.

Leia também:

Referências:

  • WHO Ebola Response Team – Ebola Virus Disease in West Africa — The First 9 Months of the Epidemic and Forward Projections – N Engl J Med 2014;371:1481-95
  • Sylvie Briand, M.D. et al. – The International Ebola Emergency – n engl j med 371;13
  • cdc.gov
  • uptodate.com

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo

Selecione o motivo:
Errado
Incompleto
Desatualizado
Confuso
Outros

Sucesso!

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo.

Você avaliou esse artigo

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Baixe o Whitebook Tenha o melhor suporte
na sua tomada de decisão.

Tags