Estudo mostra segurança dos betabloqueadores na gestação

Apesar do uso comum dos betabloqueadores no tratamento de doenças cardíacas em gestantes, os dados que suportam sua segurança são limitados.

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Os betabloqueadores são comumente utilizados no tratamento de doenças cardíacas em gestantes. Apesar do seu uso comum, os dados que suportam a segurança desta classe de medicamentos nesta população são limitados.

Um estudo observacional retrospectivo foi realizado com o objetivo de avaliar o risco de malformações cardíacas fetais em associação com a exposição materna aos betabloqueadores. Uma base populacional de nascimentos do sul da Califórnia foi avaliada entre janeiro de 2003 a dezembro de 2014. Apenas gestações de feto único foram incluídas na análise. As gestantes que utilizaram betabloqueadores foram identificadas utilizando o registro de dispensação da farmácia.

paciente grávida em consulta com médico

Betabloqueadores na gestação

Em uma coorte de 379.238 gestações, 4.847 (1,3%) foram expostas a betabloqueadores. Neste grupo, 2.628 (0,7%) foram expostas a betabloqueadores durante o primeiro trimestre da gravidez. Labetalol (n=3.357), atenolol (n=638), propranolol (n=489) e metoprolol (n=324) foram os betabloqueadores mais comumente prescritos.

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As mulheres expostas a betabloqueadores eram mais velhas e apresentavam maiores índices de massa corporal. Os diagnósticos de hipertensão, pré-eclâmpsia, eclâmpsia, hiperlipidemia, diabetes, insuficiência cardíaca e história de arritmia foram mais comuns entre as pacientes expostos a betabloqueadores.

Na análise não ajustada, a exposição ao betabloqueador materno foi associada a probabilidades significativamente aumentadas de anomalias cardíacas congênitas fetais. No entanto, após ajuste para idade materna, índice de massa corporal materno e comorbidades maternas, não foi observada associação entre a exposição a betabloqueadores e anomalias cardíacas congênitas fetais.

Estes resultados não descartam definitivamente a possibilidade de defeitos congênitos fetais em associação com o uso de betabloqueadores, entretanto podem proporcionar tranquilidade quanto ao uso desta classe de medicamentos para o tratamento de condições cardíacas em mulheres grávidas.

Veja também: ‘Betabloqueadores: particularidades para as quais não nos atentamos no dia-a-dia’

 

Referência:

  • Duan L, Ng A, Chen W, Spencer HT, Nguyen J, Shen AY-J, et al. β-Blocker Exposure in Pregnancy and Risk of Fetal Cardiac Anomalies. JAMA Intern Med. 2017 Apr 17. doi: 10.1001/jamainternmed.2017.0608. [Epub ahead of print]

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