Obesidade é um efeito tardio reconhecido em sobreviventes de leucemia, tumores cerebrais e transplante de células‐tronco hematopoiéticas. Radioterapia craniana, quimioterapia e esteroides são fatores que contribuem para isso. Um grupo de médicos e pesquisadores brasileiros investigou as estratégias para tratar e prevenir a obesidade em sobreviventes do câncer infantil.
Os autores fizeram uma análise da literatura de bases de dados confiáveis, entre eles artigos publicados nos últimos cinco anos e mais antigos de importância científica. As conclusões foram:
- os sobreviventes de leucemia linfoblástica aguda e tumores do sistema nervoso central são mais propensos a desenvolver obesidade, devido ao tratamento empregado;
- acredita-se que o dano no hipotálamo e as disfunções endócrinas (como resistência à insulina e deficiência hormonal), possam estar envolvidos na fisiopatologia da obesidade em pacientes que sobreviveram ao câncer. A composição corporal desse grupo inclui uma predominância de tecido adiposo, principalmente naqueles submetidos a transplante de células‐tronco e radiação;
Veja também: ‘Relação médico-paciente e o acompanhamento de uma criança com câncer’
- como na população em geral, outros fatores (ex: má nutrição, sedentarismo, características genéticas individuais, etc) também contribuem para o ganho de peso;
- a identificação precoce de grupos por meio de avaliações antropométricas precisas, o tratamento intervencional, incluindo aconselhamento nutricional, e/ou medidas preventivas e aconselhamento devem ser oferecidos por profissionais de saúde para minimizar ou prevenir os efeitos colaterais da terapia antineoplásica.
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Referências:
- https://jped.elsevier.es/pt/the-influence-antineoplastic-treatment-on/articulo/S2255553616300726/