Ingestão de cálcio é seguro para a saúde cardiovascular? Novas diretrizes respondem

Cálcio, com ou sem vitamina D, de alimentos ou suplementos é seguro para a saúde cardiovascular, quando consumido em quantidades recomendadas.

Diretrizes publicadas pela National Osteoporosis Foundation (NOF) e American Society for Preventive Cardiology (ASPC) afirmam que o cálcio, com ou sem vitamina D, de alimentos ou suplementos é seguro para a saúde cardiovascular, quando consumido em quantidades recomendadas.

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  • As entidades adotam a posição de que existe evidência de qualidade moderada (nível B) de que o cálcio com ou sem ingestão de vitamina D de alimentos ou suplementos não tem relação (benéfica ou prejudicial) com o risco de doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, mortalidade ou mortalidade por todas as causas em adultos saudáveis.
  • As evidências disponíveis até a data indicam que a ingestão de cálcio a partir de alimentos e suplementos, que não exceda o nível tolerável (definido pela Academia Nacional de Medicina como 2.000 a 2.500 mg/dia), deve ser considerada segura do ponto de vista cardiovascular.
  • A obtenção de cálcio a partir de fontes alimentares é preferida. O cálcio suplementar pode ser usado com segurança para corrigir quaisquer falhas na ingestão. A interrupção do cálcio suplementar por razões de segurança não é necessária e pode ser prejudicial para a saúde óssea quando a ingestão de alimentos é subótima.

Processo de desenvolvimento da diretriz

Para chegar a essas conclusões, a NOF e a ASPC convocaram um painel de peritos para avaliar e classificar a força das evidências sobre os efeitos do cálcio nas doenças cardiovasculares.

Entre os artigos analisados, os resultados não mostraram nenhuma relação estatisticamente significativa entre cálcio e o risco de doenças cardiovasculares. Um estudo encontrou até mesmo risco cardiovascular e mortalidade menores em mulheres que tomaram mais de 1.000 mg de cálcio suplementar por dia.

Apesar de alguns ensaios e estudos de coorte terem relatado riscos aumentados com ingestão de cálcio mais elevada, as estimativas eram pequenas (± 10% de risco relativo) e não consideradas clinicamente importantes.

Além do relatório de evidências, o painel considerou um estudo animal e mecanístico recente, que não encontrou efeito detectável de dietas com alto teor de cálcio (por exemplo, laticínios ou carbonato de cálcio) na deposição de fosfato de cálcio nas artérias coronárias com síndrome metabólica.

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Referências:

  • https://annals.org/aim/article/2571714/lack-evidence-linking-calcium-without-vitamin-d-supplementation-cardiovascular-disease

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