MERS: A nova epidemia de coronavírus na Ásia!

No último mês, mais de 160 casos de MERS foram confirmados na Coréia do Sul, e 25 mortes já foram resultantes desta epidemia. E, apesar dos esforços das autoridades coreanas, e de seu avançado sistema de saúde, a doença ainda preocupa autoridades globais, pela alta letalidade que apresenta e seu potencial de disseminação global. Mas …

No último mês, mais de 160 casos de MERS foram confirmados na Coréia do Sul, e 25 mortes já foram resultantes desta epidemia. E, apesar dos esforços das autoridades coreanas, e de seu avançado sistema de saúde, a doença ainda preocupa autoridades globais, pela alta letalidade que apresenta e seu potencial de disseminação global. Mas afinal o que é a MERS?

MERS é a sigla em inglês de Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MIddle East respiratory syndrome), quadro respiratório causado por um coronavírus, um parente do vírus da SARS, responsável por 800 mortes na China em 2002. O vírus foi detectado pela primeira vez na Arábia Saudita em 2012 e desde então se manteve restrito ao oriente médio com poucos casos isolados em viajantes. Esta epidemia de MERS na Coréia do Sul, portanto, representa o primeiro surto da doença fora do oriente médio, cuja origem do surto, que já virou epidemia, ainda não foi estabelecida. Até o momento, a taxa de letalidade do vírus é consideravelmente alta, chegando a 36%, e o quadro permanece sem tratamento específico e sem vacina.

O provável reservatório natural do coronavírus MERS, fonte da transmissão para humanos, são camelos, o que foi recentemente confirmado laboratorialmente pela presença da mesma sequência genética isolada em humanos de material viral nestes animais. Foi sugerido também, ainda sujeito a confirmação, que o vírus poderia ser transmitido pelo ar, por contato com o leite e a carne do camelo.

O quadro clínico da infecção pelo MERS não difere muito das demais viroses respiratórias, a não ser pela gravidade dos sintomas e evolução rápida para pneumonia e síndrome do desconforto respiratório. Tipicamente apresenta: febre alta, tosse, dispneia, calafrios, dor torácica, mialgia, diarreia, náuseas e vômitos, rinorreia e indisposição; evoluindo para pneumonia grave com falência renal e insuficiência respiratória aguda.

Enquanto na Coréia do Sul cinco mil e duzentas pessoas seguem em quarentena pela suspeita de MERS. Em 20 de junho, foi confirmado o primeiro caso na Tailândia, porém, a pronta resposta da vigilância epidemiológica em isolar o infectado e seus contactantes tornou pouco provável a ocorrência de um surto no país.

A MERS, assim como as demais viroses respiratórias graves, alerta o mundo quanto a importância de um sistema de vigilância epidemiológica moderno, com capacidade de resposta rápida e estruturação do sistema de saúde com leitos de isolamento em quantidade suficiente e segurança considerável para conter surtos e epidemias. Sendo o Brasil um país que recebe turistas do mundo todo, fica a dúvida do que poderia acontecer no Brasil diante de um surto de MERS ou outra virose respiratória grave. Teríamos capacidade de resposta e de isolamento de casos suspeitos? Teríamos um sistema de saúde eficiente no tratamento destes casos? A verdade é que nosso sistema de saúde sucateado deixa-nos um tanto temerosos no combate a uma infecção como esta.

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