Conheça 5 mitos sobre a vacinação

A imunização é uma das medidas mais efetivas na prevenção de doenças infectocontagiosas, e o programa brasileiro de vacinação é reconhecido mundialmente.

A imunização é uma das medidas mais efetivas na prevenção de doenças infectocontagiosas, e o programa brasileiro de vacinação, criado em 1973, é reconhecido internacionalmente por sua qualidade. Todos os anos, o Ministério da Saúde revisa as evidências científicas para possíveis alterações nas recomendações das 19 vacinas disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que previne mais de 20 doenças.

Por outro lado, é crescente o movimento antivacinas em todo o mundo. O sarampo é um exemplo de uma doença que foi erradicada no Brasil em 2016, ano que o país recebeu o certificado pela Organização Panamericana de Saúde (OPAS), e voltou a ser registrada no país desde o final de 2018.

Só este ano, segundo o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde (edição de outubro), 6.640 casos de sarampo foram confirmados. Como é uma das doenças cuja prevenção é unicamente por vacina, vemos a grande importância da imunização e da orientação correta à população, papel que também deve ser dos médicos e profissionais de saúde.

Por isso, separamos os principais mitos envolvendo a vacinação para que doenças como o sarampo não voltem a preocupar o país.

vacinas disponibilizadas no programa de vacinação brasileiro

Mitos sobre a vacinação

1. Vacinas não são seguras e podem causar doenças

Muitas vacinas podem causar reações, como febre e dor, mas não significa que sua segurança deva ser contestada. Todas as que estão disponíveis, passam por estudos e análises importantes antes de serem liberadas, e seu risco x benefício é medido antes da aprovação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Mas é muito importante ficar atento às contraindicações! Vacinas que são feitas com vírus atenuados, como sarampo, varicela e febre amarela, são contraindicadas para pacientes imunodeprimidos, bebês e gestantes. Por outro lado, algumas são disponibilizadas, nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE), especificamente para esse público, como a vacina pneumocócica-13.

2. Vacinas não são necessárias para quem possui boa higiene

Uma melhor higiene, assim como um saneamento básico correto, pode ajudar a proteger a população de algumas doenças infecciosas. Mas esse tipo de doença ainda pode se espalhar, independente da limpeza que fazemos. Mesmo em um mundo ideal, as doenças que só são prevenidas por vacinas podem retornar caso os a imunização da população seja interrompida.

Leia também: Como vacinar pacientes em uso de imunossupressores?

3. Doenças que não são tão graves, como a catapora, não precisam de vacina

Todas as vacinas que existem estão inclusas no calendário vacinal por serem doenças infectocontagiosas potencialmente graves, ou seja, elas podem causar internações e complicações. Mesmo que uma pessoa tenha sido infectada por algum vírus relacionado a essas doenças e tenha ficado bem, não significa que a doença não seja perigosa para outra pessoa.

4. Não preciso me vacinar para doenças erradicadas no meu país

Mesmo que o país tenha certificado de erradicação de alguma doença, o agente causador da mesma continua circulando em outras partes do mundo. Nos dias atuais, com a facilidade em viajar para qualquer parte do mundo, a preocupação com a vacinação deve ser ainda maior.

O sarampo é um grande exemplo disso. Os novos surtos da doença começaram com a vinda de mais imigrantes da Venezuela para o Norte do país, e se espalharam rapidamente por locais onde a imunização não atingia grandes proporções. Atualmente, São Paulo é o estado com maior número de casos.

5. Aplicar mais de uma vacina ao mesmo tempo pode sobrecarregar o sistema imunológico da criança

Não existe evidência científica que corrobore essa informação. As crianças, e pessoas em geral, são expostas a substâncias estranhas todos os dias, a todo momento, e o sistema imune precisa responder a todos eles, mas não há nenhum prejuízo nessa ação. Além disso, aplicar várias ao mesmo tempo traz vantagens: menos visitas aos postos de saúde e maior possibilidade de completar o calendário vacinal. Assim como, quando a vacinação é combinada (uma mesma vacina protege mais de uma doença), menos injeções precisam ser aplicadas nas crianças.

Leia mais: Confira o calendário vacinal da Sociedade Brasileira de Pediatria

Orientações aos pacientes

Os médicos e os profissionais de saúde, assim como o Governo, devem sempre tirar as dúvidas dos pacientes relacionadas à vacinação, já que é uma tarefa conjunta de saúde pública. Lembrar de seguir as orientações de cada vacina, tomando suas doses mesmo após adultos, quando possuem.

Vale lembrar que é necessário respeitar o intervalo mínimo entre as doses, e, se passar muito tempo entre elas, orientar ao paciente que ele não precisa reiniciar o esquema. Além disso, é muito importante estar atento às contraindicações e pesar sempre o risco x benefício para pacientes de alto risco (em caso de gestante que viajará para algum país com risco de contrair febre amarela, por exemplo).

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