Otorrinolaringologia: atividade clínica ambulatorial e educação cirúrgica

Todo dia traremos para você a visão de um especialista sobre sua respectiva área! Hoje vamos falar sobre Otorrinolaringologia com a Dra. Luciane Mello.

Algumas especialidades da Medicina são verdadeiras incógnitas até mesmo para os estudantes. A PEBMED preparou uma série com artigos sobre cada especialidade médica. Todo dia traremos para você a visão de um especialista sobre sua respectiva área, as oportunidades disponíveis, principais desafios e muito mais! Hoje a Dra. Luciane Mello fala sobre Otorrinolaringologia.

médica examinando ouvido do paciente

Otorrinolaringologia

1) O que é?

A Otorrinolaringologia é uma especialidade médica clínico-cirúrgica. O especialista avalia doenças do nariz e seios paranasais, ouvido, faringe e laringe. Isto envolve as afecções de vias aéreas superiores, principalmente, além do aparelho auditivo, fonatório, vestibular (tontura) e distúrbios do sono. A residência dura 03 (três) anos, e nela, tanto a atividade clínica ambulatorial, quanto a cirúrgica, é desenvolvida desde o primeiro ano. A sub-especialização posterior à época da residência (“fellowship”) é uma prática relativamente comum, de acordo com a identificação individual em determinada área específica.

2) Como é o dia a dia?

Em nosso consultório, realizamos diversos procedimentos como exames de videonasoendoscopia (com telescópio rígido e flexível), videolaringoscopia, videolaringoestroboscopia, que avalia melhor as pregas vocais, além de procedimentos menores como a lavagem dos ouvidos, dentre outros. A avaliação audiométrica e otoneurológica adequada também podem ser um grande diferencial da clínica. Por conta da demanda de aparelhos, o custo inicial torna-se elevado.

Além disso, a parte cirúrgica é bastante frequente e também demanda um investimento inicial para a compra de aparelhos específicos para cada grupo de cirurgia (ouvido, nariz, faringe, laringe).

3) Oportunidades de trabalho:

O especialista poderá atuar em consultório particular, hospitais (em plantões em alguns hospitais que demandam a presença de especialistas), clínicas especializadas em que existem outros especialistas otorrinolaringologistas e fonoaudiólogos que realizam, muitas vezes, os exames audiológicos, além de poder atuar como preceptores em programas de Residência Médica.

4) Número de especialistas:

No momento, temos aproximadamente 5.700 otorrinolaringologistas registrados pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial.

5) Curiosidade(s):

– Na Idade Média, algumas sociedades acreditavam que o ouvido era um órgão feminino para concepção. Acredita-se que essa crença venha de uma passagem da Bíblia sobre a concepção da Virgem Maria, que teve origem a partir de “um sopro sagrado em seu ouvido”.

6) Especialidades correlacionadas:

Em muitos serviços, a Otorrinolaringologia atua juntamente com a Cirurgia de Cabeça e Pescoço, uma vez que as duas especialidades apresentam afecções congruentes. O conhecimento do Otorrinolaringologia sobre a cirurgia de cabeça e pescoço é fundamental para a identificação e, muitas vezes, da condução inicial de determinados casos. A Otorrinolaringologia também atua na Cirurgia Plástica da Face com a Rinosseptoplastia como carro-chefe. O acesso às cirurgias de base de crânio após o advento da cirurgia endoscópica nasossinusal foi um importante progresso para a especialidade.

7) Área de atuação:

A Medicina do Sono entrou recentemente como área de atuação da Otorrinolaringologia, com avaliação e a possibilidade de conduta clínica-cirúrgica em determinados casos de distúrbios respiratórios do sono.

8) Mensagem para quem quer seguir essa especialidade:

A Otorrinolaringologia apresenta-se, portanto, como uma especialidade bastante abrangente que possibilita o residente estudar diversos assuntos e, caso se interesse mais por algum específico, pode permanecer estudando e sub-especializando. A educação cirúrgica também fornece uma gama grande de oportunidades em diferentes áreas. Entretanto, a maioria das cirurgias é realizada de maneira eletiva, ou seja, sem a necessidade de intervenções de urgência, o que torna a qualidade de vida do especialista menos afetada.

*Os artigos sobre as especialidades médicas foram produzidos em parceria com a Associação Nacional de Médicos Residentes

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