Os benefícios do óleo de coco já foram amplamente discutidos. Na mídia, ele ganhou popularidade por ajudar no emagrecimento, trazer saciedade, auxiliar o controle do colesterol, entre outros. No entanto, devido ao seu alto teor de gordura saturada e à ausência de grandes estudos bem controlados sobre seus benefícios, diversos médicos se posicionaram contra a prescrição do óleo de coco. Essa semana, a Associação Brasileira de Nutrologia (Abran) publicou suas recomendações.
Frente ao que tem sido divulgado na mídia, a Abran informa que:
1) Quando comparado a óleos vegetais menos ricos em ácido graxo saturado, uma revisão recente mostrou que o óleo de coco aumenta o colesterol total (particularmente o LDL-colesterol), contribuindo para um maior risco cardiovascular.
2) Não existem ensaios clínicos com evidências suficientes para recomendar o óleo de coco como agente antimicrobiano ou imunomodulador.
3) Também não existem estudos que tenham abordado o efeito de óleo de coco na função cerebral de indivíduos saudáveis ou portadores de alteração cognitiva, assim como nenhuma evidência relacionando o óleo de coco com prevenção de doenças neuro-degenerativas.
4) No geral, não existem evidências suficientes para concluir que o consumo de óleo de coco leva à redução de adiposidade.
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Com base nessas informações, a Abran recomenda:
- o óleo de coco não deve ser prescrito na prevenção ou no tratamento da obesidade;
- o óleo de coco não deve ser prescrito na prevenção ou no tratamento de doenças neuro-degenerativas;
- o óleo de coco não deve ser prescrito como nutriente antimicrobiano;
- o óleo de coco não deve ser prescrito como imunomodulador.
Referências:
- https://abran.org.br/para-publico/posicionamento-oficial-da-associacao-brasileira-de-nutrologia-respeito-da-prescricao-de-oleo-de-coco/
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