Qual o melhor parâmetro de avaliação de resposta a volume pela ultrassonografia?

A ultrassonografia à beira do leito vem sendo continuamente empregada para avaliação do estado volêmico de pacientes graves.

A avaliação do estado volêmico é um desafio diário em unidades de terapia intensiva. Diversas são as técnicas empregadas com este intuito e, na maioria das vezes, o julgamento clínico é realizado em cima de múltiplos parâmetros analisados. A ultrassonografia à beira do leito vem sendo continuamente empregada para avaliação do estado volêmico de pacientes graves e tornou-se fundamental nesta avaliação.

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Estudo publicado pelo American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine comparou três diferentes medidas obtidas pela ultrassonografia: diâmetro de veia cava inferior, variação respiratória no diâmetro de veia cava superior, velocidade máxima do sangue no trato de saída de VE; como parâmetros preditores de resposta volêmica, comparando os mesmos com a variação na pressão de pulso (medida por cateter arterial) e com a elevação passiva de membros inferiores.

O estudo prospectivo avaliou 540 pacientes em choque circulatório de etiologia séptica, cardiogênica ou hipovolêmica. Dentre os preditores de resposta hemodinâmica a volume, a variação respiratória da veia cava superior demonstrou-se a medida mais específica e de melhor acurácia, sendo a velocidade máxima do sangue no trato de saída de VE a medida mais sensível.

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Ainda assim, os pesquisadores concluíram que o resultado demonstrado tem suas limitações e a acurácia de seu uso não supera o julgamento clínico. A medida da variação respiratória da veia cava superior, por exemplo, necessita de ecocardiografia transesofágica em paciente com bloqueio neuromuscular, sendo duvidosa sua interpretação em pacientes fora dessas condições.

Curiosamente, o padrão ouro na resposta volêmica adotado no estudo foi justamente o método mais prático e menos invasivo, a elevação passiva de membros inferiores, sendo que os pacientes que obtiveram um aumento na velocidade máxima do sangue no trato de saída de VE a partir da elevação de membros inferiores foram considerados como responsivos a volume.

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Referências:

  • Vignon P, Repesse X, Begot E, et al. Comparison of echocardiographic indices used to predict fluid responsiveness in ventilated patients .Am J Respir Crit Care Med. 2016 Sep 21.

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