Riscos da não adesão ao tratamento anti-hipertensivo

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Muitas são as causas de não adesão dos pacientes aos tratamentos médicos. A não adesão ao tratamento anti-hipertensivo é um contribuinte crítico para o controle da pressão arterial. Os dados existentes sobre os fatores de risco de não adesão são, geralmente, limitados e heterogêneos.

Recentemente, um estudo publicado no Hypertension forneceu dados importantes sobre a não adesão aos medicamentos anti-hipertensivos e o manejo da hipertensão arterial. A não-adesão foi detectada por meio da cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massa em tandem (HPLC-MS/MS) de urina e soro em 1.348 pacientes com hipertensão. O estudo foi conduzido em dois países europeus.

As taxas de não adesão ao tratamento anti-hipertensivo foram de 41,6% no Reino Unido e 31,5% na República Checa.Em pacientes do Reino Unido (n=676), as taxas de não adesão qualquer, parcial e total foram 41,6%, 27,1% e 14,5%, respectivamente.Em pacientes recrutados na República Tcheca(n=672), a prevalência de não-adesão qualquer, parcial e total foi de 31,5%, 19,5% e 12,1%, respectivamente.

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A não-adesão foi inversamente relacionada à idade e sexo masculino.  Cada aumento de 10 anos de idade foi associado com uma redução >30% nas probabilidades de não adesão. As mulheres foram mais comumente não aderentes ao tratamento anti-hipertensivo em ambas as populações. As probabilidades de não adesão foram de aproximadamente 65% e 55% mais altas nas mulheres do que nos homens no Reino Unido e na República Tcheca, respectivamente.

Cada aumento no número de medicamentos anti-hipertensivos levou a 85% e 77% de aumento na não adesão (p<0,001) nas populações do Reino Unido e República Checa, respectivamente.

As probabilidades de não adesão aos diuréticos foram as mais altas entre as 5 classes de medicamentos anti-hipertensivos (p≤0,005 em ambas as populações).

Com base em 4 parâmetros (idade, sexo, número de anti-hipertensivos e diuréticos prescritos) associados à não-adesão, foi construído um modelo preditivo em ambas as populações. O modelo apresentou área sob a curva de 0,758 no Reino Unido e de 0,710 na República Tcheca.Níveis semelhantes de área sob a curva foram observados quando o modelo do Reino Unido foi testado nos dados checos e vice-versa para o modelo checo.

Veja também: ‘Especial hipertensão: quando a investigação deve ir além do trivial’

Com base nos dados apresentados, o estudo concluiu que o número e a classe de anti-hipertensivos prescritos são fatores de risco modificáveis da não adesão bioquimicamente confirmada para terapia de redução da pressão arterial.O desenvolvimento de modelos discriminatórios que incorporem esses parâmetros pode ser clinicamente útil na avaliação da não adesão em países onde a análise bioquímica não está disponível.

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Referências:

  • Gupta P, Patel P, Štrauch B, Lai FY, Akbarov A, Marešová V, et al. Risk Factors for Nonadherence to Antihypertensive Treatment. Hypertension. 2017 Jun;69(6):1113-1120. doi: 10.1161/HYPERTENSIONAHA.116.08729. Epub 2017 May 1.

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