Segundo Ministério da Saúde, quase metade dos jovens brasileiros não usa camisinha

Apesar de muitas campanhas e instruções, os jovens brasileiros estão cada vez menos usando camisinha, aumentando o risco de transmissão de DSTs.

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Apesar de muitas campanhas e instruções, os jovens brasileiros estão cada vez menos usando camisinha, aumentando o risco de transmissão de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). Segundo o Ministério da Saúde, entre os brasileiros com 15 a 24 anos, apenas 56,6% usam camisinha no ato sexual. Além da preocupação com o HIV, o risco de sífilis vem cada vez mais chamando a atenção dos especialistas. Você orienta seu paciente mais jovem acerca dessas doenças?

De acordo com dados do Ministério, mesmo com a epidemia de HIV/Aids estabilizada no país, o contágio do HIV aumentou de 2,8 casos por 100 mil habitantes para 5,8/100 mil entre os jovens de 15 a 19 anos na última década. É mais que o dobro nesta faixa etária. Entre brasileiros com 20 e 24 anos, o número chega a 21,8 casos por 100 mil habitantes.

Apesar de a camisinha ser a forma mais eficaz de evitar a transmissão da doença, é importante lembrar também que, em caso de possível contágio, o paciente deve procurar uma emergência, em até 72 horas, para que seja administrada a profilaxia pós-exposição (PEP). Ao todo, são mais de 825 mil brasileiros com o vírus, sendo que cerca de 260 mil não se tratam; estima-se, ainda, que 112 mil brasileiros não sabem que tem HIV.

Já a sífilis, transmitida pela bactéria Treponema pallidum, teve um aumento de cerca de 200% nos dois últimos anos no contágio de mãe para filho (dados da Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz). A doença, que possui três estágios, tem maior probabilidade de infecção nos primeiros 40 dias, nas fases primária e secundária.

Veja também: ‘HIV / SIDA em Foco: Novidades no tratamento da infecção’

A sífilis, quando chega à sua fase terciária (de dois a 40 anos após o contágio), pode levar a problemas neurológicos, cardiovasculares e, até mesmo, à morte. A doença congênita pode causar má formação do feto, surdez, cegueira e deficiência mental. Transmitir todas essas informações aos pacientes é essencial para que uma possível epidemia seja evitada.

Como seus primeiros sintomas (feridas na região genital e manchas pelo corpo) podem se curar sozinhos ou até mesmo passar despercebidos, deve-se recomendar regularmente que os pacientes com vida sexual ativa façam o teste, assim como para HIV.

Outras doenças que também não devem passar despercebidas por serem muito comuns no Brasil são o HPV, que tem mais de 200 variações e pode causar câncer (colo do útero, ânus, boca e garganta); gonorreia, que quando não tratada pode causar complicações graves e infertilidade; herpes genital, que pode facilitar o contágio por outras DSTs, além de possíveis consequências durante a gravidez; e hepatites B e C, algumas das formas virais mais comuns de inflamação do fígado, que pode se tornar crônica.

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Não só fazer os testes de HIV e sífilis são importantes, como também recomendar que pessoas não vacinadas contra a hepatite B procurem uma unidade de saúde para prevenção. Além disso, em pacientes crianças e adolescentes, é necessário ressaltar a importância da vacinação contra o HPV, disponível para meninas de 9 a 13 anos e, em breve, para meninos de 12 e 13 anos (segundo o Ministério da Saúde).

Já o preservativo, é a maneira mais eficaz de proteger contra todas essas doenças, e nunca deve ser deixado de lado. Reforçar sobre seu uso nas consultas deve ser rotina, principalmente para que as DSTs não atinjam cada dia mais pessoas.

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