Vírus Mayaro: sintomas, diagnóstico e tratamento do que pode ser a próxima epidemia

Pesquisadores americanos relataram um caso inédito de Mayaro no Haiti, o que pode ser um indício de que o vírus está se espalhando.

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Em 2018, pesquisadores americanos relataram um caso inédito de Mayaro no Haiti, o que poderia ser um indício de que o vírus está se espalhando pelo Caribe e em países da América do Sul. Em maio de 2019, pesquisadores suspeitaram da presença do vírus no Rio de Janeiro, o que foi desmentido pelo Ministério da Saúde posteriormente.

O vírus Mayaro tem os mesmos sintomas do Chikungunya: febre, erupções na pele e dores nas articulações. Em pacientes com Zika ou Dengue, os efeitos podem durar até um ano. Ele também é transmitido através da picada do mosquito infectado.

Até recentemente, os cientistas só tinham registros de pequenos surtos de Mayaro na região amazônica e seus arredores. O caso encontrado pelos pesquisadores americanos foi identificado em um menino de 8 anos, habitante de uma zona rural do Haiti, a partir de uma amostra de sangue. Ele apresentou febre e dores abdominais.

Após a análise virológica e molecular, foi confirmada a presença da dengue e também de um novo vírus, posteriormente identificado como o Mayaro. Esse pode ser um indício que o vírus já está circulando pelas regiões do Caribe e da América do Sul. Caso suas estimativas estejam correta, é provável que pacientes com Mayaro já estejam sendo erroneamente diagnosticados com Chikungunya, pela semelhança dos sintomas.

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mayaro

Sintomas do Vírus Mayaro

  • Febre aguda inespecífica, que pode apresentar cefaleia, mialgia, exantema;
  • Artralgia, que pode ser acompanhada de edema;
  • Casos graves podem apresentar encefalite, no entanto, na maioria dos casos a doença é autolimitada, com o desaparecimento dos sintomas em uma semana.

Como diagnosticar o Mayaro?

Apenas exames laboratoriais específicos podem apontar o diagnóstico preciso.

Tratamento de Mayaro

Não há nenhuma terapia específica contra a doença. O médico deve tratar os sintomas, como dores no corpo e cabeça, com analgésicos e antitérmicos. Salicilatos devem ser evitados (AAS e Aspirina), já que seu uso pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas.

O médico deve estar alerta para quaisquer indicações de um agravamento do quadro clínico. Os pacientes devem permanecer em repouso, acompanhado de tratamento sintomático, com analgésicos e/ou drogas anti-inflamatórias, que podem proporcionar alívio da dor e febre.

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