Para o tratamento de pacientes com imunodeficiência primária, médicos devem pedir informações sobre rotinas diárias e relacionamentos. Esses dados podem ajudar a determinar qual tipo de terapia – intravenosa ou subcutânea – para reposição de imunoglobulina é a mais indicada.
No último simpósio do sociedade européia de imunodeficiência, realizado em setembro de 2016, médicos discutiram a abordagem e os benefícios para o paciente. Foram apresentados cases de sucesso de hospitais da Europa.
Idealmente, os médicos devem informar as opções de diagnóstico e tratamento ao paciente, antes de recomendar qualquer tipo de terapia. Em seguida, recomenda-se verificar se o paciente compreende as opções de tratamento e separar um momento para responder todas as dúvidas.
Durante a consulta, algumas decisões sobre o tratamento serão ditadas pela condição do paciente, como o risco de coagulação ou reações adversas, mas outras vão depender do o paciente está disposto a aceitar. É importante ouvir o que realmente afeta cada um.
Pergunte também sobre as horas de trabalho, atividades escolares, relacionamentos e o ambiente doméstico. Em um caso relatado no simpósio, um paciente culpou a esposa porque a canulação falhou, o que levou a interrupção do tratamento e quase ao divórcio.
O médico tem tempo para isso?
A maior parte dos pode não ter tempo para pedir tantas informações em uma consulta de 20 minutos. Uma solução apresentada no simpósio é treinar uma equipe de enfermeiros para conduzir as entrevistas e repassar as informações.
As preferências de tratamento mudam continuamente como as circunstâncias da vida. Por isso, é importante conversar com o paciente em todas as oportunidades.
Referências:
- European Society for Immunodeficiencies (ESID) 2016 Biennial Meeting. Presented September 22, 2016.