Prevenção do câncer de colo de útero: keypoints da nova diretriz

Recentemente, a ASCO forneceu recomendações baseadas em evidências sobre a prevenção primária do câncer de colo de útero globalmente.

O câncer do colo do útero é uma neoplasia maligna, de natureza crônica, com origem em alterações intraepiteliais que podem se transformar em um processo invasor. No Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), foram estimados 16.340 novos casos de câncer do colo do útero para o ano de 2016, o que representa um aumento de 4,8% em relação a 2014, sendo o terceiro câncer mais incidente, com taxa de incidência estimada em 15,85 por 100 mil mulheres.

Recentemente, a American Society of Clinical Oncology (ASCO) forneceu recomendações baseadas em evidências sobre a prevenção primária do câncer de colo de útero globalmente. A diretriz foi estratificada de acordo com os recursos e destina-se ao complemento, e não substituição de diretrizes locais. O documento traz orientações que variam de acordo com a infraestrutura de cada região.

  • Qual a população alvo das recomendações? Pessoas em risco de infecção por papiloma vírus humano (HPV, do inglês human papiloma virus) e doenças relacionadas.
  • Qual a estratégia ideal para a prevenção primária da infecção para alguns tipos de HPV que causam o câncer do colo do útero? Vacinação. Não há outra estratégia preventiva para este câncer que pode substituir a vacinação.

Algumas recomendações

Para todos os ambientes e independentemente dos recursos:

-> Para meninas de 9 a 14 anos são recomendadas duas doses de vacina contra o HPV, com intervalo de pelo menos 6 meses e possivelmente até 12 a 15 meses entre as doses;
-> Meninas infectadas pelo HIV devem receber três doses.

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Para ambientes com mais recursos:

-> Meninas com idade ≥ 15 anos e que receberam a sua primeira dose antes dos 15 anos de idade, podem completar a série de duas doses; Se não foram recebidas doses antes dos 15 anos, devem ser administradas três doses;
-> Em ambos os cenários, a vacinação pode ser realizada até 26 anos de idade.

Para ambientes com recursos limitados:

-> Em caso de recursos suficientes após a vacinação de meninas de 9 a 14 anos, as que receberam uma dose podem realizar uma dose adicional entre os 15 e 26 anos;

Em todos os contextos, exceto o ambiente básico, os meninos podem ser vacinados se pelo menos 50% da população-alvo feminina tiver cobertura contra o HPV, e se tal vacinação for economicamente viável.

Para mais informações sobre a diretriz acesse esse link.

Referências:

  • Arrossi S, Temin S, Garland S, Eckert LO, Bhatla N, Castellsagué X, et al. Primary Prevention of Cervical Cancer: American Society of Clinical Oncology Resource-Stratified Guideline. J Glob Oncol [Internet]. 2017;JGO.2016.008151. Available from: https://ascopubs.org/doi/10.1200/JGO.2016.008151
  • Ministério da Saúde (Brasil). Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA). Estimativa 2016: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA; 2016. 51 p.

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