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Um novo impacto vem chamando atenção dos profissionais de saúde e da sociedade acadêmica, a coronofobia. Esse termo foi criado em referência a fobia que muitas pessoas vem desenvolvendo pelo coronavírus. Na verdade, o medo está relacionado ao sentimento de medo, de ansiedade relacionado ao adoecimento, possíveis complicações e morte causadas pelo coronavírus.
Frente a essa angústia, a pessoa desenvolve uma fobia de qualquer possibilidade de contrair a doença. É comum a pessoa ficar com medo de morrer ou adoecer e inclusive de que o mal aconteça com os entes queridos. A coronofobia está relacionada ainda a diversos outros quadros associados como a ansiedade generalizada, o pânico, os comportamentos obsessivos, a diminuição do contato social, sentimento de adoecimento e morte, depressão e suicídio. O uso de medicamentos é um grave problema visto que são considerados protetivos, mas em maioria, não possuem comprovação científica, ficando a pessoa sujeita aos efeitos adversos. O problema provoca crise em situações onde a pessoa fica exposta a contaminação.
Geralmente, a pessoa apresenta sintomas clássicos de ansiedade, como agitação, aumento da frequência cardíaca, aumento da pressão arterial, angústia, tremor periférico, distúrbios alimentares, distúrbios do sono, formigamento, dificuldade de respirar, evite o contato social, desenvolve hipocondria em relação a infecção. Desenvolve ainda crenças irracionais e negativas contra a própria vida ou ao estado de adoecimento, assim como de seus familiares. O coping religioso e espiritual também é observado.
Na verdade, na maioria das vezes os procedimentos são seguidos à risca de forma correta, mas o exagero, chama atenção principalmente em relação ao excesso, com medidas que extrapolam a proteção recomendada. A coronofobia pode ser confundida com transtorno de ajustamento, visto as diversas mudanças que a pessoa passou no último ano de forma abrupta. No entanto, podemos considerar os aspectos ligados ao temor do adoecimento e da morte, assim como a preocupação excessiva como o aspecto diferencial.
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Lembre-se que a pessoa com coronafobia terá muita dificuldade em buscar o serviço de saúde de forma presencial. Por esse motivo, a rede de atenção não presencial deve ser desenvolvida em seu território.
Hoje, a telenfermagem é uma excelente saída para o tratamento da coronofobia. Além disso, a pessoa com coronafobia pode desenvolver transtornos de ansiedade e principalmente depressão que a leve para um diminuição das relações. Esse fenômeno faz com que a assistência à saúde seja um dos fatores de vulnerabilidade. O que reforça a necessidade de desenvolvimento de atividades informativas pelo serviço de enfermagem.
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Uma vez que a própria pessoa pode identificar os sinais e sintomas e buscar ajuda. Lembre-se nesse momento, as vulnerabilidades psíquicas vão aumentar devido a complicações do isolamento social, por isso, é necessário maior atenção dos profissionais de enfermagem para essa temática.
Referências bibliográficas:
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