A UTI e a preservação da voz

No dia 16 de abril celebra-se o dia mundial da voz. A fala é o principal meio de comunicação entre os humanos, sendo de fundamental importância o cuidado e a preservação dela ao longo da vida. Quando o paciente é internado em uma unidade de terapia intensiva (UTI) ele necessita de cuidados especializados e intervenções …

No dia 16 de abril celebra-se o dia mundial da voz. A fala é o principal meio de comunicação entre os humanos, sendo de fundamental importância o cuidado e a preservação dela ao longo da vida.

Quando o paciente é internado em uma unidade de terapia intensiva (UTI) ele necessita de cuidados especializados e intervenções avançadas de saúde, cujo principal objetivo dessa internação é a preservação da vida. Entre outras intervenções, a inserção de via aérea avançada é uma das intervenções mais comuns na UTI. Hoje sabe-se que apesar de salvar vidas, a permanência do tubo orotraqueal traz riscos ao paciente, entre eles, lesão permanente de laringe, traqueia e pregas vocais.

Caso clínico: Mononucleose

uti

Atuação da enfermagem

Mas afinal, como a equipe de enfermagem pode contribuir para diminuir os riscos e preservar ao máximo a capacidade vocal dos pacientes submetidos à ventilação mecânica invasiva?

  • Adesão à todas as medidas de prevenção de pneumonia associada à ventilação mecânica;
  • Manutenção do balonete (ou cuff) com pressões entre 18 a 22 mmHg ou 25 a 30 cmH2O, com verificação rotineira da pressão ao menos quatro vezes por dia e antes da higiene oral;
  • Manutenção da fixação segura do TOT ou da traqueostomia;
  • Indicação de traqueostomia precoce a depender do quando:

a. Traqueostomia em até sete dias: vítimas de trauma raquimedular (TRM) de c5 ou superior (lesão inferior a depender do caso); traumatismo cranioencefálico (TCE) com escala de coma de Glasgow <8; trauma fora do sistema nervoso central mas com expectativa de necessidade de VM prolongada;

b. Avaliar em até 14 dias: pacientes clínicos com necessidade de VM. Estudos mostram que traqueostomia em pacientes que necessitam de VM por menos de 30 dias, a traqueostomia não traz benefícios;

c. Pacientes com falha de extubação.

Além desses cuidados é importante a articulação das ações multiprofissionais para diminuir o tempo de ventilação mecânica e acelerar o processo de reabilitação pós-extubação.

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Referências bibliográficas: Ícone de seta para baixo
  • Society of Anesthesiologists. Task Force on Management of the Difficult  Airway. Anesthesiology. 2013
  • Associação de Medicina Intensiva Brasileira. Diretrizes brasileiras de ventilação mecânica. 2013
  • Iggs A, McGrath BA, Goddard C, et al. Difficult Airway Society; Intensive Care Society; Faculty of Intensive Care Medicine; Royal College of Anaesthetists. Guidelines for the management of tracheal intubation in critically ill adults. Br J Anaesth. 2018
  • Mota LAA, Cavalho GB, Brito VA. Complicações laringeas por intubação orotraqueal: revisão da literatura. International Archives of Otorhinolaryngology [online]. 2012