AAS é eficaz na prevenção de tromboembolismo venoso?

Uma nova pesquisa indica que a AAS é tão eficaz quanto outros antiagregantes na prevenção de TEV e morbidade em pacientes com artroplastia de joelho.

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Os efeitos do ácido acetilsalicílico (AAS) já foram tema de inúmeros estudos ao longo dos anos. Seu uso é relacionado à prevenção de eventos cardiovasculares, tanto na prevenção primária quanto na profilaxia secundária. O anticoagulante é associado também à redução no risco de desenvolvimento de câncer colorretal, e câncer de fígado e ovário. Embora as diversas pesquisas na área apontem para os benefícios do fármaco, as consequências do AAS em pacientes idosos e diabéticos ainda geram discórdia quanto à aplicação medicamentosa.

AAS x tromboembolismo venoso

Por sua vez, uma nova pesquisa indica que a AAS é tão eficaz quanto outros antiagregantes na prevenção de tromboembolismo venoso (TEV) e morbidade em pacientes com artroplastia de joelho. O estudo de coorte, realizado entre 2013 e 2015 e publicado em outubro na revista Jama Surgery, contou com 41 .537 pacientes (idade média 65,8 anos) diagnosticados com artroplastia de joelho; destes, 36% eram homens. O follow up foi de 90 dias a partir da cirurgia aplicada em cada indivíduo.

Leia mais: AAS na prevenção primária após o ESC 2018: o que mudou?

Os participantes receberam quatro tipos de terapia farmacológica no período pós-operatório: 30,9% foram medicados com AAS; 54,5% receberam antiagregantes (heparina, varfarina, inibidor direto do fator Xa etc); 13% tiveram acesso à terapia AAS +antiagregantes, e 1.6% não receberam nem AAS e nem antiagregantes.

Os desfechos primários observados foram morte e desenvolvimento de tromboembolismo venoso (TEV)

Resultados

Em comparação com outros fármacos, o AAS teve desempenho similar na prevenção da doença (odds ratio ajustada 0,85; IC 95% [0,68-1,07] P= 0,007). Após o tempo de follow up, 573 pacientes desenvolveram TEV.

Dos que receberam tratamento com AAS, 1,16% desenvolveram TEV (n=149); entre os pacientes medicados apenas com antiagregantes, 1,42% evoluíram o quadro para TEV (n=321); 1,31% daqueles tratados com AAS + antiagregantes desenvolveram a doença (n=71), e 4,79% dos indivíduos que não receberam nem AAS e nem antiagregantes tiveram tromboembolismo venoso (n=32).

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Referências:

  • Hood BR, Cowen ME, Zheng HT, Hughes RE, Singal B, Hallstrom BR. Association of Aspirin With Prevention of Venous Thromboembolism in Patients After Total Knee Arthroplasty Compared With Other AnticoagulantsA Noninferiority AnalysisJAMA Surg. Published online October 17, 2018. doi:10.1001/jamasurg.2018.3858

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