Aberta consulta pública para inclusão de cinco medicamentos contra o câncer no rol da ANS

Está aberta a consulta pública para inclusão de cinco medicamentos para o tratamento do câncer no rol da ANS.

Está aberta a consulta pública para inclusão de cinco medicamentos para o tratamento do câncer no rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Caso aprovados, eles passarão a ter cobertura obrigatória pelos planos de saúde. O prazo para envio das participações é de 20 dias corridos, terminando no dia 30 de março. Os interessados já podem acessar a página por esse link.

Aberta consulta pública para inclusão de cinco medicamentos contra o câncer no rol da ANS

Confira os cinco medicamentos que estão em análise:

  1. Evobrig® (brigatinibe): Indicado para o tratamento de pacientes com câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC) localmente avançado ou metastático que seja positivo para quinase de linfoma anaplásico (ALK). Atua como inibidor do crescimento celular do tumor. A recomendação inicial é favorável à inclusão;
  2. Lonsurf® (trifluridina + cloridrato de tipiracila): Possui duas indicações: para o tratamento de câncer colorretal metastático e para câncer gástrico metastático. A trifluridina impede o crescimento das células cancerígenas e a tipiracila impede que a trifluridina seja degradada pelo organismo, ajudando a trifluridina a prolongar o seu efeito. Ambas as recomendações receberam recomendação inicial favorável à inclusão;
  3. Cabometyx® (levomalato de cabozantinibe): Indicado para o tratamento de carcinoma hepatocelular. Trata-se de um inibidor da enzima tirosina-quinase, reduzindo a velocidade de crescimento do tumor e ajudando a cortar o suprimento de sangue de que o câncer necessita para a sua propagação. A recomendação inicial é contrária à inclusão;
  4. Erdafitinibe®: Indicado para carcinoma urotelial localmente avançado ou metastático. É outro inibidor da enzima tirosina-quinase. A recomendação inicial é contrária à inclusão;
  5. Venetoclax®: Indicado para o tratamento de leucemia linfocítica crônica. Trata-se do primeiro de uma nova classe de medicamentos que seletivamente inibe a proteína BCL-2. Em alguns tipos de câncer do sangue e outros tumores, a BCL-2 impede o processo natural de morte das células do câncer, chamado de apoptose. A recomendação inicial é favorável à inclusão.

Leia também: Dia Mundial do Câncer: Departamento Científico de Oncologia da SBP faz alerta sobre o câncer pediátrico

Mais sobre o câncer colorretal e gástrico

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que sejam detectados 41 mil casos de câncer colorretal e 21 mil de câncer gástrico para cada ano do triênio de 2020-2022.

Somente em 2019, houve mais de 20 mil óbitos em decorrência ao câncer colorretal, com mais de 20 mil óbitos, sendo o terceiro tipo de câncer mais comum no país, com um risco estimado de 19 casos novos a cada 100 mil indivíduos.

Já o câncer gástrico (ou de estômago) é o terceiro tipo mais recorrente especificamente entre o público masculino e o quinto entre o público feminino, com um risco estimado de 12,81 casos a cada 100 mil homens e 7,34 para cada 100 mil mulheres.

Globalmente foram estimados 684 mil casos novos em homens, sendo o quarto mais frequente entre todos os cânceres. O tipo mais recorrente de tumor é o adenocarcinoma, responsável por 95% dos casos, com o seu principal fator de risco sendo a infecção pela bactéria Helicobacter Pylori.

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