Abordagem dos olhos vermelhos pelo generalista: como diferenciar os casos?

A abordagem dos olhos vermelhos pelo generalista é sempre um tema de dúvida. Geralmente, surge sem história de traumas e em pacientes previamente hígidos.

Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos.

A abordagem dos olhos vermelhos pelo generalista é sempre um tema de dúvida. Geralmente, surge sem história de traumas e em pacientes previamente hígidos. Seja na emergência ou nas unidades básicas de saúde, é importante que o profissional esteja capacitado a identificar as causas mais comuns e que podem ser abordadas pelo não especialista.

Dois exames clínicos e fáceis podem ajudar a traçar a gravidade do quadro. O primeiro deles é o teste de Snellen. Facilmente encontrada na Internet, uma folha com o teste de Snellen pode ser impressa em A4 e colocada distante do paciente (hoje já existem testes adaptados para serem usados a 3 metros do paciente, tamanho de boa parte dos consultórios), que tentará enxergar as letras ou desenhos projetados. O teste permite que seja avaliada a acuidade visual do paciente. O segundo deles é o reflexo pupilar. Com a projeção de luz de uma lanterna no olho do paciente, devemos verificar se ocorre resposta normal ou não.

Caso haja perda visual e/ou alteração de reflexo, o paciente deve ser encaminhado ao especialista, pois pode ser um quadro de glaucoma agudo (que tende a midríase) ou iridociclite (que tende a miose), além de outras condições menos comuns.

É recomendado prescrever antibióticos na abordagem inicial de pacientes com conjuntivite aguda?

Caso o paciente não tenha sinais de alarme (hipópio, hifema, dor ocular profunda, diminuição da visão, alteração do reflexo pupilar, trauma), em um paciente previamente hígido e com história epidemiológica positiva para conjuntivite, o diagnóstico pode ser fechado.

As conjuntivites mais comuns são as virais, responsáveis pelo surto nas duas maiores cidades brasileiras. Conjuntivites virais tendem a apresentar secreção clara e em pouca quantidade, sendo o tratamento de suporte, com afastamento das funções laborais por, pelo menos, sete dias, lavagem com soro e compressas geladas.

Já as bacterianas apresentam geralmente secreção abundante e esbranquiçada e essas sim podem ter algum beneficio do uso de antibióticos tópicos como cloranfenicol, neomicina, gentamicina ou ciprofloxacino. Quando o prurido é intenso e a secreção em quantidade muito pequena, considerar conjuntivite alérgica, que é comum em pacientes atópicos e recorrente.

Acesse mais de 900 modelos de prescrição para uma rotina médica mais prática. Baixe aqui o Whitebook.

Referências:

  • Medicina Ambulatorial – Condutas de Atenção Primária Baseadas em Evidências; Bruce B Duncan, 4ª edição.
  • Informe para profissionais de Saúde – Conjuntivites – Prefeitura de São Paulo
  • O Olho Vermelho – Sociedade Brasileira de Medicina de Familia e Comunidade, baseada nas diretrizes holandesas de 2006.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo

Selecione o motivo:
Errado
Incompleto
Desatualizado
Confuso
Outros

Sucesso!

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo.

Você avaliou esse artigo

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Baixe o Whitebook Tenha o melhor suporte
na sua tomada de decisão.

Especialidades