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A especialidade de alergia-imunologia é um ramo relativamente recente na história da Medicina, embora várias doenças alérgicas tenham sido descritas desde a Antiguidade, como a asma e a alergia alimentar.
A compreensão da fisiopatologia das doenças imuno-alérgicas através da identificação de novos padrões moleculares e das suas funções teve uma contribuição fundamental para o entendimento dos mecanismos envolvidos na gênese, na identificação de novos fenótipos e endótipos, no desencadeamento e na manutenção das doenças alérgicas. Desta forma, novos métodos terapêuticos como as novas drogas biológicas e novas formas de imunoterapia, propiciam um manejo mais eficaz das mesmas.
No campo da imunologia, o entendimento dos genes responsáveis pelas alterações cromossômicas que levam ao aparecimento das imunodeficiências abre perspectivas de novas terapias gênicas, que somadas às terapêuticas já existentes, como a utilização de imunoglobulinas e a realização de transplantes de medulas, oferecem aos especialistas um maior controle e, em alguns casos, até mesmo a cura destas doenças.
Na opinião de Flávio Sano, presidente da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), os médicos que atuam nesta especialidade devem cultivar sempre o interesse científico, a busca pelo conhecimento e a atualização constante, uma vez que a área vive em constantes mudanças, novidades e novas perspectivas terapêuticas.
Entretanto, não adianta ter conhecimento científico se o especialista não conseguir utilizar na prática por dificuldade de acesso. “O acesso às novas tecnologias é caro e, muitas vezes, indisponíveis a nível governamental e da saúde suplementar”, ressalta Flávio Sano.
Vários aspectos indicam que a especialidade tem um enorme potencial de crescimento, ampliação do escopo de atuação e valorização pela comunidade médica e sociedade.
Dentre estes, destacam-se o impacto epidemiológico das doenças alérgicas, o amplo espectro das doenças alérgicas e desordens imunológicas, a evolução no conhecimento dos mecanismos de desordens alérgicas e imunodeficiências, a identificação de novos alvos terapêuticos, o desenvolvimento dos imunobiológicos e as diversas interfaces da especialidade.
Essa especialidade tem interface com a pneumologia, dermatologia, otorrinolaringologia, reumatologia, gastroenterologia, infectologia e hematologia. Além disso, o especialista em alergia-imunologia é um profissional que pode atuar em diferentes níveis de atenção médica, bem como em ações de prevenção e promoção à saúde, além de pesquisas clínicas.
“Existe um aumento crescente do interesse traduzido no número de inscritos para o título de especialista. De 2018 para 2019 houve um aumento em mais de 50% no número de candidatos”, informa o presidente da ASBAI.
Segundo Flávio Sano, existem oportunidades significativas em todas as áreas dentro da alergia-imunologia clínica em todo o país, principalmente fora das capitais dos estados.
A Associação Brasileira de Alergia e Imunologia conta com 1.500 sócios adimplentes. Entre as maiores conquistas da ASBAI estão:
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