Alterações na fluência verbal podem ser a 1ª pista de demência

Em estudo apresentado no Alzheimer’s Association International Conference, pesquisadores indicam que alterações na fluência verbal podem ser o primeiro sinal de alerta para demência. Um dos primeiros sintomas de comprometimento cognitivo e do Alzheimer é um problema com a recuperação de palavras durante uma conversa. Estudos anteriores já demonstraram que alterações na fala podem sinalizar problemas …

Em estudo apresentado no Alzheimer’s Association International Conference, pesquisadores indicam que alterações na fluência verbal podem ser o primeiro sinal de alerta para demência.

Um dos primeiros sintomas de comprometimento cognitivo e do Alzheimer é um problema com a recuperação de palavras durante uma conversa. Estudos anteriores já demonstraram que alterações na fala podem sinalizar problemas cognitivos, mas a maioria foi retrospectivo e com pequenas amostras.

Para a atual discussão, pesquisadores analisaram 264 pacientes no estudo Wisconsin Registry for Alzheimer’s Prevention (WRAP) que tiveram pelo menos duas avaliações de fala conectada, ou seja, duas avaliações nas quais os participantes olharam para uma imagem e a descreveram.

Entre os participantes, 200 eram cognitivamente saudáveis, enquanto 64 tinham comprometimento cognitivo leve precoce. Estes eram ligeiramente mais velhos e mais eram do sexo masculino, mas, em geral, os grupos tinham níveis semelhantes de educação e alfabetização, bem como antecedentes familiares semelhantes de Alzheimer.

Veja também: ‘Atividade física pode não reduzir o risco de demência’

Os pesquisadores descobriram que aqueles com comprometimento cognitivo leve precoce tiveram declínios mais rápidos em medidas de fluência e conteúdo semântico após ajuste para idade, sexo e alfabetização (p = 0,03), e esses resultados permaneceram os mesmos após o ajuste adicional para outros potenciais fatores de confusão, incluindo depressão, qualidade do sono ou diagnóstico de ansiedade.

Uma alteração negativa maior na fluência também previu quem seria classificado com comprometimento cognitivo leve precoce em sua segunda avaliação de fala (p = 0,004).

Em relação as medidas específicas da habilidade linguística, pesquisadores descobriram que aqueles com comprometimento cognitivo produziram sentenças mais curtas e levaram mais tempo para expressar as mesmas ideias que o grupo cognitivamente saudável em ambas avaliações (15,7 contra 11,6, p <0,001 na 1ª; 17,7 versus 13,0, p = 0,001 na 2ª).

Além disso, os participantes com comprometimento cognitivo também tiveram pontuações mais baixas em quantidade de palavras por minuto (143,3 contra 132,8, p = 0,02) e unidades semânticas por minuto (20,6 versus 18,3, p = 0,03) na segunda avaliação.

Pelos achados, os pesquisadores concluíram que indivíduos com comprometimento cognitivo leve precoce têm declínios mais rápidos na fluência e semântica do que aqueles com cognição normal, e maiores alterações na fluência também podem prever quais pacientes cognitivamente normais evoluirão para demência inicial.

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