Anestesia: quais os momentos que mais requerem a atenção do especialista?

As novas medicações permitem uma anestesia mais profunda e segura, sem comprometer o despertar do paciente, permitindo que ele se recupere logo.

A anestesiologia foi uma das áreas da medicina que mais avançou nas últimas duas décadas. Monitores novos, mais tecnológicos foram lançados, assim como ventiladores. Assim, os pacientes são monitorizados o tempo inteiro, permitindo ao anestesista um melhor controle de todas as funções vitais.

Além disso, as novas medicações permitem uma anestesia mais profunda e segura, sem comprometer o despertar do paciente, permitindo que ele se alimente e caminhe tão logo seja possível.

“A monitorização cuidadosa e contínua dos sinais vitais dos pacientes aumenta a segurança e deve ser mantida desde antes do paciente ser levado ao centro cirúrgico, durante o procedimento e no pós-cirúrgico, a fim de evitar complicações”, ressalta Diná Mie Hatanaka, coordenadora do serviço de anestesiologia do Hospital Moriah, em São Paulo.

Mas, mesmo com todos esses avanços, o procedimento é ainda considerado por muitos pacientes como um fator de insegurança. Um das razões dessa insegurança é o medo de acordarem no meio da cirurgia ou ainda de nunca mais despertar.

Como fazer para acalmar os pacientes em relação à anestesia?

Em primeiro lugar, o paciente deve ser informado de tudo que será realizado: o tipo de anestesia, como a mesma será realizada, os riscos e os benefícios, qual o resultado esperado após a anestesia: se ele vai recuperar os movimentos rapidamente, se vai conseguir se alimentar, etc.

Além disso, deve-se esclarecer que hoje a anestesia é um processo muito seguro, porém ainda cercado de mitos. Cabe ao anestesiologista tirar todas as dúvidas do paciente em relação a esses mitos também. Assim, ele vai para o procedimento mais tranquilo e confiante.

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Prevenção da hipotermia

A prevenção da hipotermia faz parte dos cuidados no Hospital Moriah, uma fez que hoje é sabido que a queda da temperatura durante e após a cirurgia está relacionada com o aumento de complicações após o procedimento.

Quando internado, o paciente é recebido em um quarto aquecido, orientado a realizar o banho quente, a ficar agasalhado e também já recebe todas as informações sobre a importância do aquecimento.

No centro cirúrgico, o protocolo é seguido com ar condicionado na temperatura adequada e manta aquecida, quando indicada (cirurgias mais longas que três horas). Com esse protocolo, o Hospital Moriah não tem apresentado casos de hipotermia desde 2017.

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Cuidados antes e depois

No dia anterior à cirurgia, o anestesiologista entra em contato com o paciente pelo telefone. Essa prerrogativa permite que o contato com o médico o acalme e evite os medos relacionados à anestesia. Na ligação, o profissional conhecerá melhor o histórico do paciente.

O uso de medicamentos contínuos deve ser comunicado ao anestesiologista porque, em alguns casos, a suspensão dos remédios pode ser necessária para garantir a segurança durante a cirurgia. Também são abordadas as experiências em outros procedimentos, anestesias e reações alérgicas, evitando intercorrências durante a cirurgia atual.

Após a cirurgia, ainda dentro do centro cirúrgico, o paciente fica, sob cuidado de um anestesista, na sala de recuperação pós-anestésica, onde permanece monitorizado e são observadas: presença de náuseas, de dor ou qualquer outra queixa. O paciente só volta para o leito quando preencher critérios adequados.

Para Diná Mie Hatanaka, a segurança da anestesia está, em boa parte, no cuidado individualizado, sendo isso somado a atenção e ao carinho dedicados desde antes da internação, que fazem toda a diferença para a experiência do paciente.

“O mais importante é que o anestesista conheça bem o seu paciente: de quais doenças ele é portador, se ele tem alergias, se já apresentou problemas em cirurgias anteriores e quais medicações ele toma. Com isso, deve-se fazer um planejamento individualizado da técnica anestésica, das medicações e dos monitores a serem utilizados. Isso agrega mais segurança para o paciente”, explica a coordenadora do serviço de anestesiologia do Hospital Moriah.

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A aceleração da alta pode ser realizada com alguns cuidados essenciais, conduzidos principalmente pela equipe de anestesiologia ao conhecer o paciente antes da cirurgia.

“O paciente já começa a ser estimulado desde o centro cirúrgico, assim a recuperação é mais acelerada”, conclui a especialista.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

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