O uso empírico de antibióticos para o tratamento da sepse na emergência.

Nos últimos anos a resistência a antibiótico terapia vem aumentando entre os pacientes admitidos na emergência. Cada dia mais vemos patógenos antes considerados causadores de doenças intra-hospitalares acometendo pacientes provenientes da comunidade, entre eles MRSA e Clostridium difficile. Em contrapartida inúmeros guidelines de terapia empírica tem sido desenvolvidos por instituições reconhecidas ao redor do mundo …

Nos últimos anos a resistência a antibiótico terapia vem aumentando entre os pacientes admitidos na emergência. Cada dia mais vemos patógenos antes considerados causadores de doenças intra-hospitalares acometendo pacientes provenientes da comunidade, entre eles MRSA e Clostridium difficile.

Em contrapartida inúmeros guidelines de terapia empírica tem sido desenvolvidos por instituições reconhecidas ao redor do mundo com o objetivo de conduzir a melhor escolha na antibiótico terapia empírica:

Sanford Guide to Antimicrobial Therapy.

Instituto Latino Americano da Sepse

CREMESP – Uso racional de Antimicrobianos

A escolha da antibiótico terapia empírica deve ser realizada e aplicada de maneira cuidadosa na emergência, local comum de desta prática. Estudos apontam que mortalidade na sepse é maior em pacientes que receberam antibióticos com resposta ineficiente para o tratamento inicial do quadro infeccioso. A escolha adequada do antibiótico empírico reduz as chances, drasticamente, de evolução do quadro de sepse para choque séptico.

Resultados de um estudo publicado no JEM com 85 pacientes com choque séptico admitidos na emergência, demonstraram que quando não submetidos a antibiótico terapia adequada na admissão os pacientes evoluíam com patógenos resistentes. Todavia, alguns destes pacientes apresentavam histórico recente de internação em ambiente hospitalar ou domiciliar. Estes pacientes apresentavam muitas vezes um quadro de sepse pulmonar, para o qual a escolha antibiótica estava adequada, entretanto concomitantemente possuíam patógenos resistentes na cultura de urina. Este grupo de pacientes, dos quais a maioria apresentava urosepse, deve ser reconhecido em uma abordagem inicial como pacientes com alto risco para infecção com patógenos resistentes.

O objetivo de reduzir o número de casos admitidos na emergência com sepse evoluir para choque séptico deve ser um esforço conjunto e prioritário para a equipe de emergência. A identificação precoce do quadro e do foco infeccioso, conhecimento dos perfis de resistência, a coleta de culturas e sua interpretação, e a padronização da antibiótico terapia empírica são elementos fundamentais par uma boa prática neste quadro.

 Referência:

Septic Shock and Adequacy of Early Empiric Antibiotics in the Emergency Department
- Sarah K. Flaherty e col. J Emerg Med. 2014;47(5):601-607.

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