Anvisa aprova novo medicamento para psoríase

A Anvisa aprovou um novo medicamento para psoríase, que pode ser reaplicado a cada três meses. O produto é indicado para casos moderados e graves da doença.

Tempo de leitura: [rt_reading_time] minutos.

Aprovado para a comercialização no Brasil um novo medicamento para psoríase que pode ser reaplicado a cada três meses. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o produto é indicado para os casos moderados e graves da doença. O risanquizumabe é injetável e deve ser administrado por via subcutânea; possui como principais vantagens a aplicação trimestral após as duas primeiras doses e a possibilidade de ser utilizado pelo paciente em sua própria casa.

Depois da primeira aplicação, serão quatro semanas até a pessoa receber a segunda dose. A partir daí, o remédio é somente utilizado a cada três meses. Esse é um grande avanço, uma vez que as opções atuais precisam ser manipuladas várias vezes por semana ou mês. A dose recomendada é de 150 mg.

psoriase

Metodologia aplicada

Os estudos clínicos que embasaram a eficácia e a segurança da nova droga contaram com mais de 3 mil voluntários. Mais de 80% das pessoas tiveram melhora nas lesões na pele. E cerca de 60% alcançaram recuperação completa ao longo de 52 semanas de intervenção.

Além de avaliar a eficácia, os testes compararam a sua ação com o ustequinumabe, o adalimumabe (dois outros fármacos) e um placebo. Nos três casos, a droga nova atingiu resposta significativamente superior.

Efeitos adversos

Os efeitos adversos observados na pesquisa incluem dermatofitose, cefaleia, coceira, fadiga, reações no local da injeção e infecções no trato respiratório superior. Esse último efeito foi o mais frequente entre os participantes da pesquisa, aparecendo em 13% das pessoas.

De acordo com a AbbVie, o risanquizumabe estará disponível para comercialização no Brasil a partir de setembro deste ano, após a definição do preço.

Psoríase hoje

Existem hoje mais de 125 milhões de pessoas, quase 3% da população mundial, que possuem psoríase. Estima-se que pelo menos 10% dos pacientes com psoríase apresentam uma forma grave da doença, que causa incapacidade e exclusão de uma vida normal.

Embora existam numerosos tratamentos para a psoríase, muitas pessoas ainda enfrentam uma qualidade de vida muito ruim porque os tratamentos não funcionam, funcionam mal, são muito caros ou não estão disponíveis financeiramente ao seu alcance.

Leia maisWhitebook: saiba o que é psoríase e como identificar

Especialmente nos países em desenvolvimento, como o Brasil, as pessoas com psoríase têm que enfrentar problemas graves de estigmatização, discriminação e atitudes negativas em geral entre o público, e muitas vezes suportam o impacto da rejeição pública.

E esse não é um problema que atinge apenas países em desenvolvimento. Estima-se que o governo dos Estados Unidos perca com a psoríase aproximadamente 56 milhões de horas de trabalho e gaste entre US$ 2 e US$ 3 bilhões para tratar a doença a cada ano.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

É médico e quer ser colunista do Portal da PEBMED? Inscreva-se aqui!

Referências:

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo

Selecione o motivo:
Errado
Incompleto
Desatualizado
Confuso
Outros

Sucesso!

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo.

Você avaliou esse artigo

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Baixe o Whitebook Tenha o melhor suporte
na sua tomada de decisão.

Especialidades

Tags