Anvisa recomenda continuidade da aplicação da vacina de Oxford

A continuidade da aplicação da vacina Covishield, da AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, foi recomendada pela Anvisa.

A continuidade da aplicação da vacina Covishield, desenvolvida pela empresa AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, na população brasileira foi recomendada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)

Essa decisão vem em atualização de um comunicado anterior sobre o monitoramento de eventos adversos relacionados ao uso do imunizante. A agência concluiu que “os dados não apontam alteração no equilíbrio benefício‐risco da vacina”.

A conclusão foi reforçada após a realização de uma reunião entre a agência e as autoridades regulatórias de diversos países, e da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV).

“Nas bases nacionais que reúnem os eventos ocorridos com vacinas não há registros de embolismo e trombose que tenham relação de causa com as vacinas contra a covid-19.”, diz o comunicado.

vidros de vacina de Oxford

Foto: Gustavo Mansur/ Palácio Piratini

Suspensão da vacina de Oxford

França, Alemanha, Espanha e Itália se juntaram a diversos outros países europeus na suspensão temporária do uso da vacina Oxford/AstraZeneca Covid-19 devido a preocupações de que as injeções possam estar relacionadas a um risco aumentado de coágulos sanguíneos.

Mas os especialistas afirmam que nenhum vínculo causal foi identificado até agora e alertaram que as suspensões podem acabar fazendo mais mal do que bem. “As pessoas ainda devem tomar a vacina Covid, apesar de diversos países da União Europeia terem suspendido o uso da vacina Oxford-AstraZeneca em meio a preocupações com coágulos sanguíneos”, comunicou o regulador de medicamentos do Reino Unido.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA), que está realizando uma análise dos incidentes de coágulos sanguíneos, disse que os benefícios da vacina continuam superando os riscos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) também afirma que não há razão para parar de usá-lo.

Leia também: Vacina de Oxford será testada em crianças e adolescentes pela primeira vez

De acordo com a Agência de Saúde Europeia, foram reportados casos de múltiplas tromboses e embolia pulmonar em duas pessoas na Áustria e um caso de coágulo no sangue na Dinamarca, em que a pessoa veio a óbito. A entidade afirmou que estudos preliminares não indicam que a causa dessas reações seja a vacina e já está revisando todos os casos relatados. O fabricante AstraZeneca disse que não há evidências de uma ligação entre os dois.

A EMA disse que, até 10 de março, havia apenas 30 relatos de coágulos entre quase cinco milhões de pessoas que receberam a vacina em toda a Europa.

No Brasil

No Brasil, a Anvisa destacou que o lote que deu início às suspensões realizadas na Europa, o ABV5300, não é utilizado no Brasil e que as doses aplicadas até agora da vacina Oxford/AztraZeneca vêm de um lote do Instituto Serum, da Índia, que também produz o imunizante.

Veja mais: Agência Europeia de Medicamentos e AMB alertam contra o uso de ivermectina na Covid-19

Este mês, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que tem parceria com a farmacêutica AstraZeneca, entregou o primeiro lote de vacinas produzidas no Brasil. A previsão é que sejam entregues um total de 3,8 milhões de doses da Covishield até o final de março, que serão distribuídas pelo Ministério da Saúde de acordo com os critérios do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

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