Anvisa: Teste rápido para detecção da tuberculose latente é aprovado no Brasil

A Anvisa aprovou um teste rápido de alta performance para auxiliar no diagnóstico da infecção latente por tuberculose (ILTB).

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o QIAreach QuantiFERON – TB, teste rápido de alta performance para auxiliar no diagnóstico da infecção latente por tuberculose (ILTB).

“A chegada dessa aprovação amplia o acesso aos testes IGRA ILTB a localidades mais distantes e com pouca infraestrutura, uma vez que para a sua realização não é necessário conhecimento técnico. Dentro de 20 minutos, o teste fornece a resposta ao paciente através de resultados qualitativos”, explicou o gerente de marketing regional LATAM para diagnósticos moleculares da QIAGEN, Raphael Oliveira.

O objetivo principal dessa autorização da Anvisa é viabilizar a realização dos testes em áreas que apresentam alta carga de contaminação, com poucos recursos para o combate da doença e a necessidade da testagem descentralizada, sem infraestrutura laboratorial.

O Relatório Mundial da Tuberculose 2019, da Organização Mundial da Saúde (OMS), aponta que 10 milhões de casos de tuberculose são registrados anualmente. Dados do último relatório indicam que a enfermidade infecciosa é a que mais mata jovens e adultos, ultrapassando o HIV/AIDS, com mais de 4.100 óbitos e cerca de 30 mil doentes.

No Brasil, em 2021, foram registrados 68.271 casos novos e 4.543 óbitos em decorrência da doença. Os estados do Amazonas, Rio de Janeiro e Roraima apresentaram os maiores índices de tuberculose. Em relação à mortalidade, os índices foram superiores nos estados do Rio de Janeiro, Acre e Amazonas.

teste

Infecção latente por tuberculose

A infecção latente da tuberculose ocorre quando um indivíduo é infectado pelo M.tuberculosis a partir de uma pessoa com tuberculose bacilífera (formas pulmonar e laríngea) e o bacilo permanece viável sem causar a enfermidade no indivíduo.

Pacientes com infecção latente por tuberculose são considerados reservatórios do bacilo. Desta maneira, em caso de qualquer alteração em relação à imunidade, eles podem vir a desenvolver a forma ativa, sintomática e altamente contagiosa da doença.

Entre os grupos de risco estão portadores de HIV positivo, indivíduos que recebam tratamento anti-TNF-alfa ou imunossupressores, aqueles que tiveram contato com portadores da tuberculose, crianças abaixo de cinco anos, profissionais da área da saúde, imigrantes, população privada da liberdade e que vivam em ambiente comunitário, como idosos e militares.

Leia também: Tratamento mais curto para tuberculose não grave foi bem-sucedido em crianças

Aldeia indígena enfrenta surto de tuberculose

Índios da etnia Apinajé ocuparam essa semana a sede da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) em Tocantinópolis, no Bico do Papagaio, em protesto por melhores condições de saúde.

As famílias afirmam que enfrentam um surto de tuberculose e que desde 2020 não contam com a assistência necessária nas aldeias. Eles denunciam que falta o básico, como medicamentos e ambulâncias. Na região vivem cerca de três mil indígenas em mais de 60 aldeias.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

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