Aplicação de toxina botulínica em crianças com sialorreia é eficaz?

A injeção de toxina botulínica tem-se tornado uma das principais técnicas utilizadas no tratamento da sialorreia, sua ação diminui a secreção de saliva.

A sialorreia é o aumento do fluxo salivar que ultrapassa a margem da boca, de forma involuntária e passiva, devido a uma inabilidade de manuseio da secreção oral. Normalmente ocorre até os dois anos de idade e ocasionalmente entre os 4 e 6 anos, tende a cessar após a fase de maturação da cavidade oral, sendo considerada patológica quando permanece após essa fase. Quando patológica, a sialorreia pode ocorrer devido a doenças neuromusculares, hipersecreção salivar e por alteração da anatomia bucal.

A injeção de toxina botulínica tem-se tornado uma das principais técnicas utilizadas no tratamento da sialorreia, sua ação diminui a secreção de saliva por interrupção temporária das inervações secreto-motoras.

Recentemente, um estudo retrospectivo foi realizado para avaliar os efeitos da aplicação ecoguiada de toxina botulínica tipo A nas glândulas submandibulares e parótidas em crianças com sialorreia decorrente de distúrbios neurológicos.

Foram incluídos pacientes em idade pediátrica com sialorreia e que foram submetidos à administração percutânea ecoguiada de toxina botulínica tipo A nas glândulas salivares no período entre janeiro de 2012 e janeiro de 2016.

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No total, foram avaliados 19 pacientes com sialorreia crônica, tratados com injeção percutânea ecoguiada de toxina botulínica tipo A nas glândulas salivares. Nove (47,4%) eram do sexo feminino e 10 (52,6%) do sexo masculino, com idades entre 2 e 17 anos. A média de idade foi de 8,84 anos.

Nos pacientes submetidos a duas ou mais administrações de toxina botulínica, constatou-se uma redução significativa da sialorreia ao longo das avaliações clínicas. A classificação de sialorreia nível V, que traduz o nível mais severo, teve uma frequência de 78,9% na avaliação inicial e de 21,1% após a primeira injeção, sendo inexistente após a terceira avaliação.

O estudo concluiu que o uso de injeção percutânea ecoguiada de toxina botulínica nas glândulas salivares revelou-se uma técnica eficaz e segura no tratamento da sialorreia crônica em idade pediátrica.


Referências:

  • Teresa Dionísio, Iolanda Veiros, Maria José Noruegas, F. C.-A. (2016). Injeção Ecoguiada de Toxina Botulínica em Crianças com Sialorreia: Procedimento Minimamente Invasivo e Eficaz. Acta Pediatr Port, 47, 316–24.

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