Aprovada a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial

Ainda pouco conhecida, a Patologia Clínica/Medicina Laboratorial é uma especialidade médica reconhecida pela Associação Médica Brasileira. Saiba mais.

A residência médica é, reconhecidamente, a maneira mais completa e eficaz para a formação do médico especialista. É um tipo de modalidade de ensino de pós-graduação, voltada aos médicos interessados em adquirir as competências e habilidades em uma das 54 especialidades médicas e suas áreas correlatas. 

Ela é caracterizada por um treinamento em serviço, sob um regime de 60 horas semanais, onde as atividades do residente, em instituições de saúde credenciadas, são supervisionadas por profissionais médicos especialistas na área. 

Saiba mais: Prorrogadas as inscrições para o edital voltado aos preceptores em programas de residência

patologia

A patologia clínica e sua matriz de competências

Embora ainda pouco conhecida, a Patologia Clínica/Medicina Laboratorial é uma especialidade médica reconhecida pela Associação Médica Brasileira (AMB), cuja residência é constituída por um programa de acesso direto, com duração de três  anos. Atualmente, existem 11 programas de residência médica em patologia clínica/medicina laboratorial ativos no País, distribuídos em quatro estados da Federação: Minas Gerais (MG), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Rio Grande do Sul (RS). 

Tendo em vista que cerca de 70% das decisões médicas são baseadas em exames complementares, a patologia clínica/medicina laboratorial é uma especialidade de fundamental e crescente importância na prática clínica, contribuindo para a integração entre o Laboratório Clínico e os médicos assistentes. 

Programas de Residência Médica em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial

Em julho deste ano, foi publicado no Diário Oficial da União (DOU), a resolução CNRM nº20, de 6 de julho de 2021, que aprovou a matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial. A matriz dessa especialidade foi elaborada pela Diretoria da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), em conjunto com os coordenadores dos programas de residência médica ativos no país. 

O documento aprovado apresenta duas partes principais. A primeira trata dos objetivos gerais (englobando as atribuições e áreas de atuação da especialidade), enquanto que a segunda expõe as competências que deverão ser adquiridas em cada um dos três anos residência. 

O primeiro ano (R1) ocorre no âmbito da clínica médica e suas especialidades, com atuação em enfermarias, ambulatórios, serviços de emergência e unidades fechadas, por exemplo. Neste ano, as atribuições do residente focam-se no atendimento e na relação médico-paciente, incorporando também alguns conhecimentos iniciais importantes da área laboratorial.

Já o segundo (R2) e terceiro (R3) anos transcorrem basicamente no ambiente do laboratório clínico e de seus setores. Neles o médico residente deve conhecer e dominar os princípios metodológicos das técnicas mais utilizadas (manuais e automatizadas), as fases dos exames (pré-analítica, analítica e pós-analítica), a correlação clínico-laboratorial, dentre outros 

Os residentes nessa etapa devem realizar suas atividades nas áreas básicas do laboratório (ex.: hematologia, bioquímica, imunologia, microbiologia), passando até pelas mais específicas e avançadas (ex.: biologia molecular, citogenética, toxicologia). Importantes conceitos sobre estatística, gestão, tecnologia da informação, biossegurança também fazem parte do escopo de suas atribuições.

Leia também: Covid-19: a testagem pós-vacinal pode ser considerada uma “bobagem”?

Conclusão

A aprovação da matriz de competências dos Programas de Residência Médica em Patologia Clínica/Medicina Laboratorial foi uma conquista e um avanço muito significativo para a especialidade. Ela carecia de um documento formal específico, que tratasse, dentre outros aspectos, da área de atuação do especialista e das competências e habilidades que deveriam ser desenvolvidas e incorporadas pelos médicos em cada um dos três anos de residência.

Referências bibliográficas:

 

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo

Selecione o motivo:
Errado
Incompleto
Desatualizado
Confuso
Outros

Sucesso!

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo.

Você avaliou esse artigo

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Baixe o Whitebook Tenha o melhor suporte
na sua tomada de decisão.