Tempo de leitura: 3 min.
Segundo dados do INCA – Instituto Nacional de Câncer (2021), o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não melanoma) e atinge em sua maioria das vezes, homens acima de 65 anos. Porto et al (2018) afirmam que durante o processo de cura, que por vezes é através do ato cirúrgico (prostatectomia), o paciente tende a desenvolver ansiedade, disfunção da auto imagem, disfunção sexual entre outros diagnósticos de enfermagem. Por este motivo a assistência de enfermagem vislumbrando holisticamente o indivíduo, é tão importante de ponto a ponto do processo.
Leia também: Novembro azul: a saúde mental de homens com câncer de próstata
É importante que já na recuperação pós-anestésica, o enfermeiro tenha o olhar ampliado e seja capaz de identificar outros diagnósticos de enfermagem como o de dor aguda e alguns de risco importante como: eliminação urinária prejudicada e risco de volume deficiente, já que os diagnósticos de cunho psicoemocional por vezes podem ser ocultados devido ao paciente estar em processo de regressão do efeito anestésico (Saldanha et al, 2014).
Costa et al (2013) afirma que, uma vez que estamos inseridos em uma sociedade machista construída como potente e viril, o homem tende a reprimir suas dúvidas e inseguranças, cabendo ao enfermeiro promover uma comunicação terapêutica com escuta atenta além de estabelecer uma linguagem acessível compatível ao nível intelectual do paciente, mesmo durante o breve período em que o paciente está consciente no intraoperatório.
A equipe multiprofissional como um todo deve promover uma assistência de qualidade, visando a segurança bem como um resultado cirúrgico favorável. Entretanto é de extrema importância que esta equipe esteja preparada para atuar com grande empatia e descrição uma vez que se trata de um procedimento que afeta sensivelmente âmbito emocional grande parte dos clientes atendidos.
Em outro estudo, Santos et al (2016) afirma que além de procurar estabelecer um vínculo de confiança e manter o paciente o mais confortável possível durante o ato cirúrgico, a equipe de enfermagem deve dar continuidade na sala de recuperação anestésica, aos exercícios pélvicos que visam diminuir a incontinência urinária e assim auxiliar no processo pós operatório.
A participação do paciente em seu processo de cura é fator determinante no sucesso do tratamento. Compreender as mínimas ações realizadas no periopeatório é importante para o paciente sentir-se seguro uma vez que, a equipe que o recepciona e o assiste neste ambiente lhe é estranha, pois não são os mesmos profissionais da unidade de internação.
Para Bittencourt, Schwengber e Stumm (2021), é necessário alinhar as informações trabalhadas com incentivo e apoio no interesse dos pacientes em serem elementos ativos no processo que se inicia no período pré-operatório.
A educação no processo de saúde é uma ferramenta importante que, aliada a linhas de cuidado de enfermagem voltadas ao autocuidado, podem melhorar exponencialmente o resultado cirúrgico. Um paciente bem instruído, com uma rede de apoio bem orientada, vivencia um ambiente permeado de segurança, com melhora dos desfechos e enfrentamento das dificuldades no pós-operatório.
Referências bibliográficas:
O implante hormonal é uma opção de reposição de hormônios que trata muitas comorbidades ginecológicas,…
Cosméticos, em Produtos Farmacêuticos, tem o objetivo de categorizar produtos do segmento. Confira quais chegaram…
Neste episódio, Felipe Mesquita, hematologista e conteudista do Portal PEBMED, traz importantes pontos sobre a…
No dia 24 de Junho é comemorado o Dia Mundial de Prevenção de Quedas. O…
Uma nova condição encontrada e que pode também fazer parte da síndrome da covid-19 longa…
Um estudo teve o objetivo avaliar uma lista de checagem à beira do leito chamada…