Atualização em oncologia ginecológica: câncer de colo uterino

Atualização em oncologia ginecológica pela International Federation of Gynecology and Obstetrics (FIGO) sobre câncer de colo uterino.

O câncer de colo uterino é o quarto tipo de câncer com maior mortalidade de mulheres brasileiras segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA, 2021). No ano de 2020 foram 16.590 novos casos em nosso país e, de acordo com Bhatla (2021), é uma doença com grande incidência e mortalidade em países subdesenvolvidos.

No dia 20 de Outubro de 2021 foi publicado uma atualização em oncologia ginecológica pela International Federation of Gynecology and Obstetrics (FIGO). Um dos capítulos traz atualizações apenas sobre o câncer de colo uterino e são essas novas recomendações que estão descritas: 

1- Prevenção primária: 

– Vacinação de toda população contra o vírus do HPV.

2- Prevenção secundária:

Diagnóstico e tratamento precoce das lesões pré-cancerosas.

3- Estadiamento:

– A dimensão horizontal das lesões microinvasivas não são mais consideradas.

– O tamanho do tumor foi estratificado em três subgrupos, IB1<2 cm, IB2>2 cm – ≤4cm e IB3>4 cm.

– Linfonodo positivo que se correlaciona com prognósticos oncológicos piores, foram atribuídos ao estádio IIIC. Nos linfonodos pélvicos IIIC1 e nos para-aórticos IIIC2. Micrometástases foram incluídas no estádio IIIC.

4- Histologia: todos os cânceres devem ser confirmados pela microscopia. Mantém os tipos histológicos conforme a descrição da Organização Mundial de Saúde (OMS) das patologias do trato genital inferior.

5- Diagnóstico e avaliação câncer cervical:

  • Doença microinvasiva: diagnosticada através da conização, traquelectomia ou histerectomia é classificada no estadiamento IA1 e IA2. As margens devem ser livres, se não forem, é classificado como IB1.
  • Doença invasiva: normalmente é visível e podemos biopsia-la retirando apenas um fragmento. Os estudos mostram que a ressonância da pelve tem maior sensibilidade para avaliar tumores cervicais a partir de 10 mm, porém dependendo do examinador o ultrassom transvaginal pode chegar a uma sensibilidade similar. Para detecção de metástase o exame mais sensível ainda é o PET-TC. A FIGO não recomenda mais a investigação bioquímica ou outros procedimentos em todas pacientes, apenas, nas pacientes com franco carcinoma invasivo é importante avaliar a clínica e realizar avaliação do aparelho urinário ou gastrointestinal.

6- Tratamento: as indicações cirúrgicas, radioterápicas e acompanhamento de acordo com o estadiamento não houve mudanças de acordo com o protocolo anterior.

 

Referências Bibliográficas:

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