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O álcool é companheiro fundamental do dia a dia dos profissionais de saúde, porém evidências recentes sugerem que ele pode perder seu protagonismo na luta contra as bactérias. Um artigo publicado no Science Translational Medicine demonstrou que nos hospitais em que desinfetantes alcoólicos são amplamente utilizados, a bactéria Enterococcus faecium, resistente a múltiplos fármacos, tem se tornado cada vez mais tolerante.
A tolerância ao álcool foi testada em 139 E. Faecium isolados em hospitais entre 1997 e 2015 e foi descoberto que os E. Faecium isolados após 2010 foram 10 vezes mais tolerantes à morte por álcool do que os mais antigos. Os pesquisadores também observaram que houve um aumento nas mutações genéticas que afetam o metabolismo do álcool nas amostras resistentes. Esses achados podem ajudar a explicar o aumento desse patógeno em ambientes hospitalares.
O E. faecium não é o primeiro germe a comprovadamente estar relacionado à tolerância ao álcool. Estudos também relataram aumento do crescimento e da virulência de Acinetobacter baumannii quando expostos a soluções a base de álcool para higienização das mãos. E agora? Quem poderá nos defender?
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Referências:
- Increasing tolerance of hospital Enterococcus faecium tohandwash alcohols. Pidot et al. , Sci. Transl. Med. 10, eaar6115 (2018) 1 August 2018
- Low concentrations of commercial alcohol hand rubs facilitate growth of and secretion of extracellular proteins by multidrug-resistant strains of Acinetobacter baumannii.Edwards J1, Patel G, Wareham DW. J Med Microbiol. 2007 Dec;56(Pt 12):1595-9.
- Microbial synergy via an ethanol-triggered pathway. Smith MG1, Des Etages SG, Snyder M. Mol Cell Biol. 2004 May;24(9):3874-84.
3 abr. 2024 
5 min. 
