AVE em pacientes com vertigem: Teste HINTS [vídeo]

Estudo publicado em 2014, na Annals of Neurology, recolocou em debate um tema recorrente dentro da prática neurológica de emergência.

Estudo recente publicado na Annals of Neurology recolocou em debate um tema recorrente dentro da prática neurológica de emergência: afinal, AVE é uma causa importante de vertigem? Deve ser descartado em todo paciente apresentando vertigem?

A conclusão do estudo realizado na Universidade de Toronto, no Canadá, é de que apenas 0,2% dos pacientes que se apresentam com vertigem no serviço de emergência são diagnosticados com AVE nos próximos 30 dias após o atendimento no serviço de emergência.

A discussão se deve ao fato de que, embora 0,2% seja uma proporção pequena, quando analisados números absolutos (dentro da realidade do sistema de saúde americano) como os seus 4 milhões de atendimentos a vertigem, conclui-se que estamos perdendo muitos diagnósticos de AVE.

A dificuldade no diagnóstico deve-se ao fato de que a isquemia de circulação posterior manifesta-se mais comumente como vertigem, sem outros sinais focais ou sintomas neurológicos.

Outro dado alarmante é que o risco relativo de AVE em pacientes liberados com diagnóstico de doença vestibular periférica em sete dias é 50 vezes maior que o risco no grupo controle (estabelecido como os liberados com cólicanefrética). Ou seja, estamos apresentando sim uma limitação diagnóstica.

Saiba mais sobre AVE:

Se de fato AVE é uma causa importante de vertigem, deveríamos solicitar ressonância em todos os casos de vertigem na emergência? Esta estratégia, embora acharia o diagnóstico, não seria custo-efetiva e tornaria o atendimento de emergência bastante oneroso. Mas então, e se pedirmos uma tomografia de crânio? Ficaríamos na mesma, pois não seríamos capaz de excluir o diagnóstico de AVE, que é o nosso principal problema.

O teste HINTS (Head-impulse-nystagmus-test-of-skew) pode ser utilizado para diferenciação de vertigens periféricas e centrais, indicando, portanto, quais casos (vertigem central) devem ser melhor investigados quanto a possibilidade de AVE isquêmico.

O vídeo abaixo explica como utilizar seu celular para realizar o HINT:

Concluímos, portanto, que o diagnóstico de AVE em pacientes com vertigem continua sendo um desafio, e ferramentas propedêuticas como o HINTS podem ser utilizados na prática para ajudar neste diagnóstico.

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Referências bibliográficas: Ícone de seta para baixo
  • https://emed.wustl.edu/education/EmergencyMedicineJournalClub/Archive/January2014.aspx
  • https://www.medscape.com/viewarticle/857841