Dose de ataque de atorvastatina não reduz eventos em pacientes com SCA que fazem angioplastia || Congresso ACC 2018

Novo artigo, apresentado no ACC 2018, investigou o efeito de doses de ataque de atorvastatina na redução de eventos cardíacos importantes em pacientes com SCA que fazem angioplastia.

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Um novo artigo do JAMA, apresentado essa semana no Congresso Anual do American College of Cardiology (ACC) 2018, investigou o efeito de doses de ataque de atorvastatina na redução de eventos cardíacos importantes em pacientes com síndrome coronariana aguda (SCA) que fazem angioplastia.

Para isso, um ensaio clínico randomizado, multicêntrico, duplo-cego, controlado por placebo, foi conduzido em 53 regiões do Brasil, com 4.191 pacientes (idade média = 61 anos; 25,9% do sexo feminino) com SCA e uma indicação para angioplastia, entre 2012 e 2017.

Os participantes foram randomizados para receber duas doses de ataque de 80 mg de atorvastatina (n = 2.087) ou placebo (n = 2.104) 24 horas antes e depois do procedimento. Todos receberam 40 mg de atorvastatina durante 30 dias, começando 24 horas após a segunda dose de medicação no estudo.

O desfecho primário foi um evento cardíaco importante (MACE), definido como um composto de mortalidade por todas as causas, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e revascularização do miocárdio não planejada em até 30 dias.

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Entre os pacientes, 64,7% foram submetidos à angioplastia, 8% à cirurgia de revascularização do miocárdio e 27,3% foram tratados sem passar por procedimentos invasivos. Em 30 dias, 130 pacientes no grupo de atorvastatina (6,2%) e 149 no grupo placebo (7,1%) tiveram um MACE (diferença absoluta = 0,85% [IC de 95%: -0,70% a 2,41%]; HR = 0,88 [IC de 95%: 0,69 a 1,11]; p = 0,27).

Foram relatados três casos de rabdomiólise no grupo placebo; não foram identificados casos de falha hepática em nenhum dos grupos.

Pelos achados, os pesquisadores concluíram que, entre os pacientes com SCA com angioplastia agendada, doses de ataque periprocedural de atorvastatina não reduziram as taxas de MACE em 30 dias. Os autores finalizam indicando que essas descobertas não apoiam o uso rotineiro de doses de ataque de atorvastatina nessa população.

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*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

Referências:

  • Berwanger O et al. Effect of loading dose of atorvastatin prior to planned percutaneous coronary intervention on major adverse cardiovascular events in acute coronary syndrome: The SECURE-PCI randomized clinical trial. JAMA 2018 Mar 11 || https://doi.org/10.1001/jama.2018.2444

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