Brasil deve registrar 185,6 mil novos casos de câncer de pele em 2022, segundo estimativas do INCA

O Brasil deve registrar 185,6 mil novos casos de câncer de pele até o final deste ano, segundo projeções do INCA.

O Brasil deve registrar 185,6 mil novos casos de câncer de pele até o final deste ano, segundo projeções do Instituto Nacional de Câncer (INCA). E esse número pode crescer ainda mais, caso a população não se previna da maneira correta.

médico conversando com paciente sobre câncer de pele

Câncer de pele não melanoma

Cerca de 177 mil brasileiros devem contrair câncer de pele não melanoma neste ano, o tipo mais comum e menos agressivo (83,770 mil em homens + 93,160 em mulheres).

O câncer de pele não melanoma em homens é mais incidente nas regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste, com um risco estimado de 123,67/100 mil, 89,68/100 mil e 85,55/100 mil, 50 respectivamente. Nas regiões Nordeste e Norte, ocupa a segunda posição, com um risco estimado de 65,59/100 mil e 21,28/100 mil, respectivamente.

No que diz respeito às mulheres, o câncer de pele não melanoma é mais incidente nas cinco regiões do país, com um risco estimado de 125,13/100 mil (Centro-Oeste), 100,85/100 mil (Sudeste), 98,49/100 mil (Sul), 63,02/100 mil (Nordeste) e 39,24/100 mil (Norte).

Câncer de pele melanoma

Já o câncer de pele melanoma deve se manifestar em 8,5 mil brasileiros em 2022. O INCA aponta que quase 2 mil pessoas devem vir a óbito em decorrência deste tipo mais agressivo de câncer.

Esses valores correspondem a um risco estimado de 4,03 casos novos a cada 100 mil homens e 3,94 para cada 100 mil mulheres. Na região Sul, o câncer de pele melanoma é mais incidente quando comparado com as demais regiões, para ambos os sexos.

Causas do aumento de casos

Apesar das campanhas educativas de proteção solar e da lei que proíbe o bronzeamento artificial, o aumento dos casos de câncer de pele tem surpreendido os especialistas.

Na visão do médico dermatologista Dolival Lobão Veras Filho, chefe da seção de Dermatologia do INCA, o não seguimento das orientações das campanhas é uma das principais causas do aumento do número estimado de casos de câncer de pele no Brasil.

“A maioria dos casos de câncer de pele é causada pelas radiações ultravioletas emitidas pelo sol e câmaras de bronzeamento artificial. Há relatos de câncer de pele causado pela exposição ao arsênico, bismuto e outras substâncias’, ressaltou o especialista em entrevista ao Portal PEBMED.

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Diagnóstico e tratamento

O dermatologista Dolival Filho lembrou que o diagnóstico de câncer de pele deve ser realizado por médicos que tenham conhecimento clínico do tema e, eventualmente, façam uso de ferramentas importantes em casos mais complexos, como a dermatoscopia e o estudo histológico, que é feito após a realização de biópsia.

Já o tratamento depende do estágio em que a doença se encontra, mas na maioria das vezes a cirurgia é o mais indicado. Atualmente, a sobrevida de pacientes com câncer de pele aumentou devido a novos tratamentos com imunoterapia.

Além disso, é possível associar outras terapias ao tratamento, que deve ser individualizado, a critério médico e oferecido pensando nos melhores resultados para o paciente.

“O tratamento padrão-ouro do câncer de pele é cirúrgico. Atualmente, existem técnicas alternativas que podem ser indicadas para determinados casos, como a terapia fotodinâmica, crioterapia, quimioterapia tópica e, para os casos mais avançados, a imunoterapia e terapia-alvo. Em todos os casos é importante o acompanhamento clínico com visitas programadas ao médico assistente”, pontuou o chefe da seção de Dermatologia do INCA.

Desafios no diagnóstico precoce

Diagnosticar precocemente o câncer de pele pode parecer difícil para muitas pessoas, seja pela quantidade de pintas espalhadas pelo corpo ou pelas diversas características que elas podem apresentar.

Para os pacientes homens, o desafio é ainda maior, uma vez que o local mais comum onde surge o melanoma é nas costas, enquanto nas mulheres é nas pernas. Por isso, incentivar o diagnóstico precoce nos pacientes é muito importante para as chances de sucesso do tratamento.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED


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