Butanvac: Anvisa autoriza início do estudo com voluntários

A Anvisa autorizou o início da aplicação nos voluntários da vacina produzida pelo Butantan, a Butanvac, primeira brasileira contra a Covid-19.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, nesta quarta-feira, 7, o início da aplicação nos primeiros voluntários da vacina produzida pelo Instituto Butantan, a Butanvac. Este é o primeiro imunizante brasileiro contra a Covid-19.

Segundo a agência, a equipe técnica avaliou os dados apresentados e considerou suficiente para o início da etapa A das fases 1 e 2, onde 400 voluntários participarão. A pesquisa clínica já havia sido autorizada em junho, mas algumas informações ainda estavam pendentes para que a aplicação fosse autorizada.

A nova vacina já considera alguns aspectos da variante Gamma (antes chamada de P.1), descoberta no Amazonas.

vacina butanvac

Butanvac

A Butanvac vai utilizar a mesma tecnologia da vacina contra a influenza, que também é fabricada pelo instituto. O vetor utilizado é um vírus chamado Newcastle, desenvolvido no Mount Sinai, em Nova York. Os pesquisadores injetam os genes da proteína spike do novo coronavírus neste vírus, para promover a infecção.

A vacina terá duas doses, com intervalo de 28 dias entre elas.

Leia também: Covid-19: Vacina da Pfizer é autorizada pela Anvisa para crianças com mais de 12 anos

As fases 1 e 2 do estudo com o novo imunizante serão divididas em três etapas: A, B e C. Além dos 400 participantes da etapa A, 5.600 pessoas com 18 anos ou mais serão incluídas nas outras duas etapas. O ensaio clínico será realizado no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) e no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP).

Primeira vacina brasileira

O instituto anunciou a Butanvac no final de março deste ano, e tinha a expectativa de realizar o estudo em três meses para que as doses já pudessem começar a ser distribuídas em julho. Como alguns dados ficaram pendentes, a pesquisa clínica só terá início agora, mas o Butantan estima que seja possível produzir cerca de 100 milhões de doses por ano.

Apesar de utilizar uma tecnologia de fora, a instituição disse que a vacina é considerada brasileira porque será fabricada com custos baixo no Brasil e não dependerá de insumos importados, já que usará a mesma plataforma da vacina da influenza. “Todos os processos produtivos serão realizados integralmente pelo Butantan”, concluiu em nota.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

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