SaúdeJAN 2017

BWH e a experiência com programas de telemedicina

A telemedicina vem se tornando cada vez mais comum em várias partes do mundo, visto que pode ajudar pacientes e médicos em diversos aspectos.
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Por Redação Afya
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A telemedicina vem se tornando cada vez mais comum em várias partes do mundo, visto que pode ajudar pacientes e médicos em diversos aspectos, como dificuldade de deslocamento até o consultório e falta de tempo para encaixar a visita. Uma prova de que ela pode ser uma solução é uma experiência que vem sendo realizada no Brigham and Women’s Hospital (BWH), nos Estados Unidos. Até dezembro, cerca de 600 consultas online já haviam sido realizadas para acompanhamento de pacientes com doenças crônicas, estando 97% deles satisfeitos com o programa. O objetivo inicial era reduzir o tempo com casos mais simples, fazendo também com que a pessoa não tivesse que se deslocar de longe para uma consulta rápida, e abrir mais espaço para casos graves. O programa envolve desde especialidades médicas e cirúrgicas a psiquiatria, e vem dando bons resultados. Para o diretor de telessaúde do BWH, Adam Licurse, a qualidade da prática médica pode melhorar através do programa, e também ajudar a prevenir muitas hospitalizações devido a doenças que poderiam ter sido controladas no início. “Acreditamos que isso acontece ao reduzirmos os números de faltas e aumentarmos o envolvimento do paciente com seu médico”, escreveu ele em um artigo ao site Harvard Business Review. No artigo, Licurse fala sobre a experiência no BWM, e cita algumas perguntas que devem ser ponto de partida para fazer a telemedicina ser um programa de sucesso, realmente utilizado por médicos e pacientes. São elas:
  • Quais serviços clínicos ou tipo de consulta podem feitos virtualmente? Por quê?
  • Que tecnologias podem atender as necessidades dessas consultas?
  • A telessaúde nessa unidade tem condição de ser oferecida para o paciente ou apenas entre os médicos?
  • De que forma os cuidados virtuais acrescentam na determinada prática médica?
  • Como esse serviço ser avaliado tanto pelo paciente quanto pela clínica ou médico?
No hospital em que foi experimentado, a telemedicina começou com consultas online para pacientes com doenças crônicas, em 2015, vendo aqueles que não tinham necessidade de exames frequentes e que se deslocavam de um ponto muito distante apenas para uma visita de rotina. O médico e o paciente conversaram através de vídeo, e o valor da consulta era próximo ao que o profissional receberia no atendimento convencional. Depois, a experiência partiu para outra área da medicina: a emergência. As consultas virtuais foram feitas com pacientes que tinham sintomas agudos e precisariam de um atendimento rápido, mas cujos tratamentos seriam simples. Para os profissionais do hospital, certas doenças precisam mais da resposta rápida e confiável do que de uma visita presencial. Dessa vez, o atendimento foi feito de forma assíncrona: o paciente descrevia sua situação e recebia a resposta com prescrição até, no máximo, o final do dia. Nesse caso, os médicos foram pagos por questionário respondido. Apesar de o paciente demorar um pouco mais para obter a resposta, aqueles que moram mais distante provavelmente levariam mais tempo indo até uma unidade. Além disso, o médico demoraria mais para dar um diagnóstico simples de tosse, por exemplo, do que respondendo à “e-visit”, como foi nomeado o método. Veja também: '1º hospital virtual usa a Telemedicina para cuidar dos pacientes' Por fim, a telessaúde no BWH também englobou outro aspecto: a comunicação entre os profissionais que participam do programa. Os clínicos, por exemplo, costumam encaminhar perguntas mais específicas aos médicos especialistas e os dois entendem juntos se o paciente precisa ser encaminhado ou se apenas o tratamento inicial é o necessário. Essas equipes especializadas, que foram encaixadas no programa como a seção de “e-consults”, também recebem o valor próximo ao das consultas virtuais. No último ano, cerca de duas mil perguntas foram feitas às 20 equipes, e a maior parte foi sobre cardiologia, endocrinologia, gastroenterologia, hematologia, doenças infecciosas, ortopedia e urologia. Esta experiência é mais uma das que vem se mostrando bem sucedidas na área de saúde e tecnologia. Usar os aparatos tecnológicos a favor da prática médica, da solução de problemas para pacientes distantes, aqueles que têm mais dificuldade ou aqueles cuja doença precisa ser vista regularmente, e, ainda mais, usá-los a favor do médico e da melhor distribuição de seu tempo e atendimento é o que se espera para daqui uns anos. Licurse acredita que, um dia, a medicina não se preocupará mais em oferecer ou não esse tipo de serviço, mas, sim, o quanto oferecer. As melhores condutas médicas você encontra no Whitebook. Baixe o aplicativo #1 dos médicos brasileiros. Clique aqui! Referência:
A telemedicina vem se tornando cada vez mais comum em várias partes do mundo, visto que pode ajudar pacientes e médicos em diversos aspectos, como dificuldade de deslocamento até o consultório e falta de tempo para encaixar a visita. Uma prova de que ela pode ser uma solução é uma experiência que vem sendo realizada no Brigham and Women’s Hospital (BWH), nos Estados Unidos. Até dezembro, cerca de 600 consultas online já haviam sido realizadas para acompanhamento de pacientes com doenças crônicas, estando 97% deles satisfeitos com o programa. O objetivo inicial era reduzir o tempo com casos mais simples, fazendo também com que a pessoa não tivesse que se deslocar de longe para uma consulta rápida, e abrir mais espaço para casos graves. O programa envolve desde especialidades médicas e cirúrgicas a psiquiatria, e vem dando bons resultados. Para o diretor de telessaúde do BWH, Adam Licurse, a qualidade da prática médica pode melhorar através do programa, e também ajudar a prevenir muitas hospitalizações devido a doenças que poderiam ter sido controladas no início. “Acreditamos que isso acontece ao reduzirmos os números de faltas e aumentarmos o envolvimento do paciente com seu médico”, escreveu ele em um artigo ao site Harvard Business Review. No artigo, Licurse fala sobre a experiência no BWM, e cita algumas perguntas que devem ser ponto de partida para fazer a telemedicina ser um programa de sucesso, realmente utilizado por médicos e pacientes. São elas:
  • Quais serviços clínicos ou tipo de consulta podem feitos virtualmente? Por quê?
  • Que tecnologias podem atender as necessidades dessas consultas?
  • A telessaúde nessa unidade tem condição de ser oferecida para o paciente ou apenas entre os médicos?
  • De que forma os cuidados virtuais acrescentam na determinada prática médica?
  • Como esse serviço ser avaliado tanto pelo paciente quanto pela clínica ou médico?
No hospital em que foi experimentado, a telemedicina começou com consultas online para pacientes com doenças crônicas, em 2015, vendo aqueles que não tinham necessidade de exames frequentes e que se deslocavam de um ponto muito distante apenas para uma visita de rotina. O médico e o paciente conversaram através de vídeo, e o valor da consulta era próximo ao que o profissional receberia no atendimento convencional. Depois, a experiência partiu para outra área da medicina: a emergência. As consultas virtuais foram feitas com pacientes que tinham sintomas agudos e precisariam de um atendimento rápido, mas cujos tratamentos seriam simples. Para os profissionais do hospital, certas doenças precisam mais da resposta rápida e confiável do que de uma visita presencial. Dessa vez, o atendimento foi feito de forma assíncrona: o paciente descrevia sua situação e recebia a resposta com prescrição até, no máximo, o final do dia. Nesse caso, os médicos foram pagos por questionário respondido. Apesar de o paciente demorar um pouco mais para obter a resposta, aqueles que moram mais distante provavelmente levariam mais tempo indo até uma unidade. Além disso, o médico demoraria mais para dar um diagnóstico simples de tosse, por exemplo, do que respondendo à “e-visit”, como foi nomeado o método. Veja também: '1º hospital virtual usa a Telemedicina para cuidar dos pacientes' Por fim, a telessaúde no BWH também englobou outro aspecto: a comunicação entre os profissionais que participam do programa. Os clínicos, por exemplo, costumam encaminhar perguntas mais específicas aos médicos especialistas e os dois entendem juntos se o paciente precisa ser encaminhado ou se apenas o tratamento inicial é o necessário. Essas equipes especializadas, que foram encaixadas no programa como a seção de “e-consults”, também recebem o valor próximo ao das consultas virtuais. No último ano, cerca de duas mil perguntas foram feitas às 20 equipes, e a maior parte foi sobre cardiologia, endocrinologia, gastroenterologia, hematologia, doenças infecciosas, ortopedia e urologia. Esta experiência é mais uma das que vem se mostrando bem sucedidas na área de saúde e tecnologia. Usar os aparatos tecnológicos a favor da prática médica, da solução de problemas para pacientes distantes, aqueles que têm mais dificuldade ou aqueles cuja doença precisa ser vista regularmente, e, ainda mais, usá-los a favor do médico e da melhor distribuição de seu tempo e atendimento é o que se espera para daqui uns anos. Licurse acredita que, um dia, a medicina não se preocupará mais em oferecer ou não esse tipo de serviço, mas, sim, o quanto oferecer. As melhores condutas médicas você encontra no Whitebook. Baixe o aplicativo #1 dos médicos brasileiros. Clique aqui! Referência:

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Redação AfyaRedação Afya
Produção realizada por jornalistas da Afya, em colaboração com a equipe de editores médicos.