Câncer de mama: trastuzumabe é eficaz e seguro a longo prazo?

A abordagem terapêutica do câncer de mama varia de acordo com o estadiamento da doença, suas características biológicas, bem como condições da paciente (idade, status da menopausa, comorbidades e preferências).

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A abordagem terapêutica do câncer de mama varia de acordo com o estadiamento da doença, suas características biológicas, bem como condições da paciente (idade, status da menopausa, comorbidades e preferências).

O uso do trastuzumabe, quando adicionado à quimioterapia, gera benefícios na sobrevida, em pacientes com câncer de mama HER2 positivo. Dessa forma, atualmente, este medicamento é considerado o tratamento padrão de primeira linha.

Trastuzumabe subcutâneo é aprovado em mais de 60 países em todo o mundo como terapia neoadjuvante e adjuvante para câncer de mama inicial HER2 e suas vantagens sobre o trastuzumabe intravenoso incluem economia de tempo e conveniência para pacientes e profissionais de saúde.

Publicado no European Journal of Cancer, um estudo de dois anos de acompanhamento reportou os dados de eficácia e segurança do trastuzumabe subcutâneo em longo prazo. No total, 596 pacientes elegíveis foram randomizados, sendo 297 recebendo trastuzumabe subcutâneo e 299 com a formulação intravenosa.

As taxas de sobrevida livre de evento, definida como tempo desde a randomização até a recorrência da doença/progressão/mortalidade por qualquer causa, foram de 76% no grupo que recebeu a formulação subcutânea e 73% no grupo que recebeu a formulação intravenosa (hazard ratio [HR]: 0,95; intervalo de confiança [IC] de 95%: 0,69 a 1,30).

A taxa de sobrevida global, definida como tempo desde a randomização até o óbito, em 3 anos foi de 92% para o trastuzumabe subcutâneo e 90% para a formulação intravenosa (HR: 0,76; IC 95%: 0,44 a 1,32).

Em relação aos resultados de segurança, mais pacientes reportaram eventos adversos sérios no grupo SC, porém nenhum padrão no tipo de evento foi identificado que pudesse gerar taxas diferentes entre os grupos de tratamento. Durante o acompanhamento livre de tratamento, as taxas de eventos adversos foram balanceadas entre os grupos.

Com base nesses resultados, pode-se concluir que a eficácia em longo prazo apoia a não-inferioridade da formulação subcutânea do trastuzumabe em relação a intravenosa.

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*Esse artigo foi revisado pelo médico Eduardo Moura.

Referências:

  • Jackisch C, Hegg R, Stroyakovskiy D, Ahn JS, Melichar B, Chen SC, et al. HannaH phase III randomised study: Association of total pathological complete response with event-free survival in HER2-positive early breast cancer treated with neoadjuvant-adjuvant trastuzumab after 2 years of treatment-free follow-up. Eur J Cancer. 2016;62:62–75.

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