Paciente 50 anos, sexo feminino, dá entrada na emergência relatando dor abdominal no quadrante superior e inferior esquerdo. O quadro teve início nove horas após dilatação de estenose de sigmoide por colonoscopia. História de radioterapia para tumor ginecológico (não soube especificar).
Abdome: tenso, doloroso a palpação superficial e profunda.
Exames laboratoriais, incluindo provas de função hepática, transaminases, enzimas canaliculares e pancreáticas sem alterações.
Caso clínico
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1. Pergunta
A paciente realizou tomografia computadorizada de abdome para melhor avaliação.
Quais são os achados na tomografia computadorizada de abdome?
Correto
Na imagem pode ser observado um volumoso pneumoperitôneo após dilatação por balão via colonoscopia de estenose recorrente da transição retossigmoide.
Colonoscopia
A colonoscopia é um procedimento comum, estimando que mais do que 14 milhões de pessoas realizam este exame anualmente nos Estados Unidos.
Guidelines de rastreio de câncer colorretal incluem colonoscopia para pacientes com 50 anos ou mais, a cada 10 anos. Como o número de indivíduos com mais de 50 anos vem aumentando globalmente, o número de realizações de colonoscopia acompanhará esta tendência.
Complicações graves da colonoscopia são incomuns (0,1 – 0,3%; alcançando até 5% em pacientes submetidos a intervenções colonoscópicas), mas podem ser ameaçadoras a vida caso não reconhecidas precocemente. A maioria das complicações pós-colonoscopia ocorrem no contexto de polipectomia (85% das complicações).
As complicações da colonoscopia podem ser detectadas por tomografia computadorizada, incluindo perfuração intestinal, hemorragia pós-procedimento, síndrome pós-polipectomia, lesão esplênica, apendicite e diverticulite.
O sintoma mais comum é dor abdominal e os achados ao exame físico são dor a palpação abdominal notável, difusa ou localizada, com sinais de peritonite.
Embora a radiografia de abdome seja solicitada para excluir pneumoperitôneo em pacientes com dor após colonoscopia, a tomografia computadorizada de abdome é a modalidade de imagem de escolha para avaliar a variedade de complicações pós-colonoscopia.
Perfurações intestinais pós-colonoscopia são extremamente raras ,menos do que 0,3% das colonoscopias de rastreio, 0,03-0,8% para colonoscopias diagnósticas, 0,15-3% para colonoscopias terapêuticas e 0-6% para dilatação de estenose, sendo 0-18% para estenose por doença de Crohn. Três mecanismos estão envolvidos: trauma direto pela passagem do colonoscópio, barotrauma por hiperinsuflação e perfuração por intervenção terapêutica. As perfurações ocorrem comumente no cólon sigmoide, seguido pelo ceco.
A taxa de mortalidade de pacientes com perfuração pós-colonoscopia varia de 0-0,65%. Os fatores de risco para perfuração são idade avançada, múltiplas comorbidades, diverticulose, obstrução e ressecção de pólipos maiores que 1 cm localizados no cólon ascendente. Radioterapia prévia pode afetar a mobilidade da alça colônica, contribuindo assim para perfuração.
Pacientes sem peritonites podem ser tratados com antibioticoterapia venosa e dieta zero.
Referências bibliográficas:
Levenson R.B, Troy K.M, Lee K.S. Acute abdominal pain following optical colonoscopy: CT findings and clinical considerations. American Journal of Roentgenology. September,2016. 207.
Reumkens A, Rondagh EJ, Bakker CM, et al. Post-Colonoscopy Complications: A Systematic Review, Time Trends, and Meta-Analysis of Population-Based Studies. Am J Gastroenterol 2016; 111:1092.
Putcha RV, Burdick JS. Management of iatrogenic perforation. Gastroenterol Clin North Am 2003; 32:1289.
Incorreto
Na imagem pode ser observado um volumoso pneumoperitôneo após dilatação por balão via colonoscopia de estenose recorrente da transição retossigmoide.
Colonoscopia
A colonoscopia é um procedimento comum, estimando que mais do que 14 milhões de pessoas realizam este exame anualmente nos Estados Unidos.
Guidelines de rastreio de câncer colorretal incluem colonoscopia para pacientes com 50 anos ou mais, a cada 10 anos. Como o número de indivíduos com mais de 50 anos vem aumentando globalmente, o número de realizações de colonoscopia acompanhará esta tendência.
Complicações graves da colonoscopia são incomuns (0,1 – 0,3%; alcançando até 5% em pacientes submetidos a intervenções colonoscópicas), mas podem ser ameaçadoras a vida caso não reconhecidas precocemente. A maioria das complicações pós-colonoscopia ocorrem no contexto de polipectomia (85% das complicações).
As complicações da colonoscopia podem ser detectadas por tomografia computadorizada, incluindo perfuração intestinal, hemorragia pós-procedimento, síndrome pós-polipectomia, lesão esplênica, apendicite e diverticulite.
O sintoma mais comum é dor abdominal e os achados ao exame físico são dor a palpação abdominal notável, difusa ou localizada, com sinais de peritonite.
Embora a radiografia de abdome seja solicitada para excluir pneumoperitôneo em pacientes com dor após colonoscopia, a tomografia computadorizada de abdome é a modalidade de imagem de escolha para avaliar a variedade de complicações pós-colonoscopia.
Perfurações intestinais pós-colonoscopia são extremamente raras ,menos do que 0,3% das colonoscopias de rastreio, 0,03-0,8% para colonoscopias diagnósticas, 0,15-3% para colonoscopias terapêuticas e 0-6% para dilatação de estenose, sendo 0-18% para estenose por doença de Crohn. Três mecanismos estão envolvidos: trauma direto pela passagem do colonoscópio, barotrauma por hiperinsuflação e perfuração por intervenção terapêutica. As perfurações ocorrem comumente no cólon sigmoide, seguido pelo ceco.
A taxa de mortalidade de pacientes com perfuração pós-colonoscopia varia de 0-0,65%. Os fatores de risco para perfuração são idade avançada, múltiplas comorbidades, diverticulose, obstrução e ressecção de pólipos maiores que 1 cm localizados no cólon ascendente. Radioterapia prévia pode afetar a mobilidade da alça colônica, contribuindo assim para perfuração.
Pacientes sem peritonites podem ser tratados com antibioticoterapia venosa e dieta zero.
Referências bibliográficas:
Levenson R.B, Troy K.M, Lee K.S. Acute abdominal pain following optical colonoscopy: CT findings and clinical considerations. American Journal of Roentgenology. September,2016. 207.
Reumkens A, Rondagh EJ, Bakker CM, et al. Post-Colonoscopy Complications: A Systematic Review, Time Trends, and Meta-Analysis of Population-Based Studies. Am J Gastroenterol 2016; 111:1092.
Putcha RV, Burdick JS. Management of iatrogenic perforation. Gastroenterol Clin North Am 2003; 32:1289.
A respeito do acompanhamento desta paciente e de outros casos de abortamento provocado, qual das alternativas a seguir você deve considerar como sendo mais adequada? Clique no banner abaixo e responda no nosso fórum.
Formado em Medicina na Universidade Estácio de Sá ⦁ Residência em Clínica Médica pela Universidade Federal Fluminense (UFF-HUAP) ⦁ Cursando residência (R2) de Radiologia e Diagnóstico por Imagem na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ-HUCFF) ⦁ Instagram: philippe_martins28