Casos de caxumba voltam a crescer em diversas regiões do país

A caxumba é voltou a assustar a população em várias regiões. E, assim como no caso do sarampo, o aumento de casos está relacionado à queda da vacinação.

A caxumba é mais uma doença que já havia sido esquecida pelos brasileiros e voltou a assustar a população em várias regiões do país. E, assim como no caso do sarampo, o aumento de casos está relacionado à queda da vacinação.

Segundo o Ministério da Saúde, a caxumba voltou ao cenário brasileiro por causa da imunização, que tem atingido níveis abaixo de 95%, o índice recomendado pelas autoridades internacionais de saúde.

Em alguns estados, como Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Bahia, Piauí e São Paulo, o percentual de crianças vacinadas não chega a 75%. A vacina contra a caxumba é a tríplice viral, a mesma que protege contra o sarampo e a rubéola. O que não seria difícil pensar em uma possível volta também da rubéola, caso esse índice não seja melhorado o quanto antes.

Nos oito primeiros meses deste ano, o estado do Rio de Janeiro registrou um crescimento de 130% na quantidade de notificações em relação ao mesmo período de 2018, e o número de casos já ultrapassa o registrado em todo o ano de 2018 e 2017.

médica examinando uma criança com caxumba

Queda vacinal

A Subsecretaria de Vigilância em Saúde do Rio de Janeiro esclarece que não há surto de caxumba no estado. Alexandre Chieppe, médico da Secretaria de Saúde do Estado, afirma que não há cidades com surtos ativos de sarampo no Rio de Janeiro, mas que alguns municípios registraram surtos isolados, como Paraty e a capital.

“Tivemos um aumento no número de casos de caxumba, que está relacionado aos mesmos fatores do sarampo, pois é a mesma vacina que protege contra as duas. Quem está suscetível ao sarampo têm maior risco de estar sem proteção contra caxumba”, explica Alexandre Chieppe, citando a queda da cobertura vacinal da tríplice viral nos últimos anos.

A caxumba não é uma doença de notificação compulsória, ou seja, as autoridades municipais não precisam informar às autoridades estaduais e federal sobre os casos registrados. Mas, no estado de São Paulo, já foi possível identificar que os grupos com maior incidência da enfermidade são formados por adolescentes e jovens. Pessoas que, na maioria das vezes, não atualizaram a carteira de vacinação.

Principais sintomas e diagnóstico da caxumba

A caxumba é uma doença que atinge as glândulas salivares. Os sintomas são mais intensos nos adultos que nas crianças. Os mais comuns são: inchaço e dor nas laterais do pescoço. Outros sintomas são: náusea, vômito, pancreatite, rigidez na nuca e cefaleia.

Nas complicações mais graves, podem ocorrer inflamações no pâncreas e nas meninges, que envolvem o cérebro. No caso das mulheres maiores de 15 anos, essa infecção atinge os ovários; e, nos homens, os testículos.

O diagnóstico é basicamente clínico, com avaliação médica nas glândulas. A confirmação laboratorial vem no resultado de um exame de sangue que detecta a presença de anticorpos contra o paramixovírus, causador da enfermidade.

Por ser uma infecção viral, a caxumba é tratada naturalmente pelo organismo. A indicação é apenas de repouso, medicamentos para dor e temperatura, e observação cuidadosa para a possibilidade de aparecimento de complicações. Nos casos que cursam com meningite asséptica, o tratamento também é sintomático. Nas encefalites, a orientação é tratar o edema cerebral e manter as funções vitais.

Todas as pessoas devem tomar duas doses da vacina tríplice viral durante a vida. Ela faz parte do Calendário Nacional de Vacinação e pode ser tomada em qualquer posto de saúde gratuitamente.

*Esse artigo foi revisado pela equipe médica da PEBMED

 

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