Chegou o antídoto para dabigatrana! Estudo mostra eficácia e segurança

Diretrizes mais recentes sobre a reversão dos anticoagulantes na hemorragia cerebral inclusive já recomendam seu uso. Agora, os resultados finais de um estudo confirmam de vez a eficácia e segurança do agente.

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O Idarucizumabe foi desenvolvido para reverter o efeito anticoagulante da dabigatrana e tem sido amplamente utilizado na emergência. Diretrizes mais recentes sobre a reversão dos anticoagulantes na hemorragia cerebral inclusive já recomendam seu uso. Agora, os resultados finais do estudo RE-VERSE AD confirmam de vez a eficácia e segurança do agente.

Através de um estudo prospectivo, patrocinado pela indústria, 503 pacientes receberam 5g de idarucizumabe (duas doses com 15 minutos de diferença) por via intravenosa para reverter o efeito anticoagulante da dabigatrana. Os participantes foram divididos em dois grupos: (A) pacientes com sangramento não controlado e (B) pacientes prestes a serem submetidos a um procedimento de urgência.

Veja também: ‘Conduta de emergência em sangramentos pelos novos anticoagulantes’

A mediana da porcentagem máxima de reversão da dabigatrana foi de 100% (intervalo de confiança [IC] de 95%, 100-100). No grupo A, 137 pacientes (45,5%) apresentaram hemorragia gastrointestinal e 98 (32,6%) hemorragia intracraniana, com tempo médio para a cessação do sangramento de 2,5 horas. No grupo B, o tempo médio para o início do procedimento foi de 1,6 horas; a hemostasia periprocedural foi avaliada como normal em 93,4% dos pacientes, ligeiramente anormal em 5,1% e moderadamente anormal em 1,5%.

Aos 90 dias, ocorreram eventos trombóticos em 6,3% dos pacientes no grupo A e em 7,4% no grupo B, e a taxa de mortalidade foi de 18,8% e 18,9%, respectivamente.

Idarucizumabe no Brasil

Em maio deste ano, a Anvisa aprovou o uso do Praxbind® (idarucizumabe), com indicação para pacientes tratados com o anticoagulante oral Pradaxa® (dabigatrana).

Referências:

  • Idarucizumab for Dabigatran Reversal — Full Cohort Analysis. Charles V. Pollack, Jr., M.D., Paul A. Reilly, Ph.D., Joanne van Ryn, Ph.D., John W. Eikelboom, M.B., B.S., Stephan Glund, Ph.D., Richard A. Bernstein, M.D., Ph.D., Robert Dubiel, Pharm.D., Menno V. Huisman, M.D., Ph.D., Elaine M. Hylek, M.D., Chak-Wah Kam, M.D., Pieter W. Kamphuisen, M.D., Ph.D., Jörg Kreuzer, M.D., Jerrold H. Levy, M.D., Gordon Royle, M.D., Frank W. Sellke, M.D., Joachim Stangier, Ph.D., Thorsten Steiner, M.D., Peter Verhamme, M.D., Bushi Wang, Ph.D., Laura Young, M.D., and Jeffrey I. Weitz, M.D. July 11, 2017DOI: 10.1056/NEJMoa1707278

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