Cirurgia bariátrica passa a ser classificada como eletiva essencial pelo Ministério da Saúde

A cirurgia bariátrica foi classificada como um procedimento eletivo essencial pelo Ministério da Saúde e, portanto, deve ser priorizada.

A cirurgia bariátrica foi classificada como um procedimento eletivo essencial pelo Ministério da Saúde e, portanto, deve ser priorizada tanto na saúde pública como suplementar.

A recomendação integra as Diretrizes da Atenção Especializada no Contexto da Pandemia de Covid-19, publicada pela pasta.

As bariátricas tinham sido restringidas no Brasil desde o início da pandemia, em março de 2020, com uma queda de quase 70% no número de procedimentos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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Cirurgia bariátrica passa a ser classificada como eletiva essencial pelo Ministério da Saúde

Cirurgia Eletiva Essencial

É destaque nas diretrizes publicadas pelo Ministério da Saúde o trecho que afirma que retardo no tratamento da obesidade pode resultar no aumento da morbimortalidade e que o atraso resultará em danos maiores aos pacientes, com maior custo e sobrecarga para o sistema de saúde a médio prazo.

“Explicamos que a cirurgia bariátrica teria que ser priorizada tal qual a cirurgia de câncer, como já previa a recomendação do Conselho Federal de Medicina (CFM) de 2020. É uma grande conquista para a sociedade geral, mas principalmente para os nossos pacientes”, salientou o diretor médico da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), Luiz Fernando Córdova, que colaborou ativamente para a redação das novas diretrizes.

O especialista explicou que um dos objetivos do documento foi destacar que obesidade é uma doença crônica, que gera alto risco cardiovascular, associada a mais inflamação, formas graves de Covid-19 e que não cabe mais a visão da cirurgia bariátrica como um procedimento que possa ser sempre postergado.

Números de cirurgias no país

O número de cirurgias realizadas em 2019 — 68.530 — representa apenas 0,5% da população de portadores de obesidade grave, que atinge 13,6 milhões de indivíduos, com indicação de tratamento cirúrgico.

Na saúde pública foram realizadas 12.568 cirurgias bariátricas no mesmo período. Um crescimento de 10,2% se comparado a 2018. Já na saúde suplementar 52.699 cirurgias bariátricas foram feitas, um crescimento de 6,4% se comparado a 2018. Já entre as cirurgias particulares, pagas integralmente pelos pacientes, o número foi de 3.263 procedimentos no país.

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“O único tratamento comprovadamente eficaz à longo prazo para a obesidade e doenças associadas, como diabetes e hipertensão arterial, é praticamente inacessível para pessoas que dependem do sistema público e dos planos de saúde”, explicou o presidente da SBCBM, o médico Marcos Leão Vilas Boas.

Dados de 2020

Até o momento, foram realizadas 2.859 cirurgias pela saúde pública neste ano. Em 2019, no mesmo período, já haviam sido feitas 5.382 bariátricas pelo SUS.

A queda de 60% pelo SUS deve-se à suspensão das cirurgias eletivas com o início da pandemia. Vale ressaltar que em janeiro deste ano foram 904 cirurgias realizadas e, em julho, 32.

As bariátricas passaram a ser retomadas após a recomendação do Conselho Federal de Medicina (CFM), no mês de maio, mas ainda em ritmo lento.

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