Cirurgião que faz pausas tem melhor desempenho?

Um dos fatores que mais contribui para o encurtamento da carreira do cirurgião é a dor relacionada ao trabalho e seus efeitos sobre a segurança do paciente.

Cirurgiões são frequentemente submetidos a estresse mental e físico durante a rotina na sala de cirurgia. Um dos fatores que mais contribui para o encurtamento da carreira é a dor relacionada ao trabalho e seus efeitos sobre a segurança do paciente e as relações pessoais.

Um artigo do Annals of Surgery investigou o efeito de “micro pausas” – alguns minutos realizando alongamentos em intervalos de aproximadamente 20 a 40 minutos durante a cirurgia – na dor, fadiga, funções físicas e foco mental dos cirurgiões.

Para o estudo, cirurgiões e membros da equipe de cirurgia de centros médicos americanos (n = 66; idade média de 47 anos) avaliaram a dor/fadiga, desempenho físico e mental durante 2 dias de trabalho: um sem implementar as pausas e outro incluindo-as (1,5 a 2 minutos, em intervalos de 20 a 40 minutos). Os pesquisadores registraram o tipo de caso e a duração, assim como os dados da dor do cirurgião antes e após cada procedimento e no final do dia.

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Os participantes completaram 193 procedimentos sem pausas e 148 com pausas. As micro pausas melhorararam os escores de dor pós-procedimento no pescoço, parte inferior das costas, ombros, parte superior das costas, pulsos/mãos, joelhos e tornozelos. A duração operatória não diferiu (p > 0,05).

Os escores de dor melhorados com as pausas foram estatisticamente equivalentes (p > 0,05) para procedimentos laparoscópicos e abertos. Mais da metade dos cirurgiões perceberam melhora no desempenho físico (57%) e foco mental (38%); 87% dos participantes disseram que continuariam a praticar a técnica.

Pelos resultados, os pesquisadores puderam observar que as micro pausas podem representar um meio prático e eficaz para reduzir a dor do cirurgião, melhorar o desempenho e aumentar o foco mental, sem prolongar o tempo de cirurgia.

Veja também: ‘Cirurgiões que não se comunicam sobre efeitos adversos sofrem mais’

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