Como fazer avaliação de prognóstico na hemorragia subaracnóidea?

Em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados do Whitebook, trazemos a avaliação prognóstica da hemorragia subaracnoidea.

Em nossa publicação semanal de conteúdos compartilhados doWhitebook Clinical Decision, trazemos alguns pontos importantes sobre a avaliação prognóstica da hemorragia subaracnoidea.

Encontre o manejo completo da hemorragia subaracnoidea no Whitebook Clinical Decision!

estetoscopio pendurado

Avaliação prognóstica da HSA

Diversas escalas e escores foram formulados para classificar os quadros de hemorragia subaracnoide quanto à gravidade. Destacamos três escalas utilizadas na prática: a escala de Fisher, a escala de Hunt e Hess, e a escala da World Federation of Neurological Surgeons (WFNS).

Escala de Fisher: Risco de Vasoespasmo Cerebral em Hemorragia Subaracnoide

Grau Aspecto de sangue na TC crânio
1 Nenhum sangue detectado
2 Deposição difusa ou camada fina com todas as camadas verticais (em fissura inter-hemisférica, cisterna insular, cisterna ambiente) com menos de 1 mm de espessura
3 Coágulo localizado e / ou camadas verticais de 1 mm ou mais de espessura
4 Coágulo intracerebral ou intraventricular com sangue difuso ou sem sangue no espaço subaracnoide.

Escala de Hunt e Hess na Hemorragia Subaracnoide

Grau Avaliação Neurológica
1 Assintomático ou cefaleia leve e rigidez nucal discreta
2 Cefaleia grave, rigidez de pescoço, sem deficit neurológico, exceto por paralisia de nervo craniano
3 Sonolência ou confusão mental, deficit neurológico leve
4 Torpor, hemiparesia moderada a grave
5 Coma, postura de descerebração

Escala de Gravidade da Hemorragia Subaracnoide da WFNS

Grau Escala de Coma de Glasgow Deficit Motor
1 15 Ausente
2 13-14 Ausente
3 13-14 Presente
4 7-12 Presente ou ausente
5 3-6 Presente ou ausente

Complicações

A hemorragia subaracnoide pode cursar com complicações que contribuem para a deterioração clínica e piores desfechos, sendo as principais:

  • Ressangramento: ocorre em 10-20% dos pacientes, principalmente nas primeiras 24 horas do quadro. Apenas o tratamento do aneurisma é eficiente na prevenção do ressangramento;
  • Isquemia cerebral: vasoespasmo provocado pela lise do sangue no espaço aracnoide. Determina o surgimento de áreas de infarto parenquimatoso, estabelecendo novos sinais neurológicos focais na apresentação clínica e rebaixamento do nível de consciência;
  • Hidrocefalia: complicação comum da hemorragia subaracnoide, causada por obstrução na drenagem do líquido cefalorraquidiano pela presença de sangue. Manifesta-se no exame de imagem por dilatação ventricular e, clinicamente, por rebaixamento do nível de consciência e sinais de hipertensão intracraniana (miose, desvio do olhar conjugado);
  • Hipertensão intracraniana: de origem multifatorial, pode ser causada por hemorragias volumosas, hidrocefalia aguda, por edema e/ou isquemia do parênquima e por hiperemia reativa (após insulto isquêmico).

Leia também: DDX: conheça o novo sistema de diagnóstico diferencial disponível no Whitebook

  • Acidente vascular encefálico intraparenquimatoso; 
  • Acidente vascular encefálico isquêmico; 
  • Meningite asséptica;
  • Hematoma subdural; 
  • Crise convulsiva; 
  • Enxaqueca ou cefaleia em salvas;
  • Emergências hipertensivas (ex.: encefalopatia hipertensiva); 
  • Estado hiperosmolar hiperglicêmico; 
  • Trombose venosa encefálica; 
  • Tumor cerebral;
  • Infecção de sistema nervoso central (encefalites e menigoencefalites); 
  • Ataque isquêmico transitório.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo

Selecione o motivo:
Errado
Incompleto
Desatualizado
Confuso
Outros

Sucesso!

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Avaliar artigo

Dê sua nota para esse conteúdo.

Você avaliou esse artigo

Sua avaliação foi registrada com sucesso.

Baixe o Whitebook Tenha o melhor suporte
na sua tomada de decisão.
Referências bibliográficas: Ícone de seta para baixo
  • Todas as referências deste artigo estão no Whitebook Clinical Decision.

Especialidades