Como fazer a melhor escolha em analgesia

Nesta semana na sessão:  conteúdos compartilhados do Whitebook Clinical Decision, apresentamos o Como realizar a melhor escolha em analgesia.  Analgesia A analgesia possui papel fundamental na Terapia intensiva. O paciente crítico apresenta dor e desconforto como companheiros de sua internação. Isso decorre tanto de procedimentos cirúrgicos ou clínicos invasivos, como por uso de medicações, infusões, aspiração de vias aéreas, cuidados …

Nesta semana na sessão:  conteúdos compartilhados do Whitebook Clinical Decision, apresentamos o Como realizar a melhor escolha em analgesia

Este conteúdo deve ser utilizado com cautela, e serve como base de consulta. Este conteúdo é destinado a profissionais de saúde. Pessoas que não estejam neste grupo não devem utilizar este conteúdo.

Analgesia

A analgesia possui papel fundamental na Terapia intensiva. O paciente crítico apresenta dor e desconforto como companheiros de sua internação. Isso decorre tanto de procedimentos cirúrgicos ou clínicos invasivos, como por uso de medicações, infusões, aspiração de vias aéreas, cuidados de enfermagem, ventilação mecânica, drenos e suportes de monitorização. Ademais, devemos sempre recordar que se trata de um paciente restrito ao leito. A dor gera um desequilíbrio do bem estar, com alteração direta de ritmo de sono, estado hiperdinâmico, mal adaptação respiratória, febre, agitação e desorientação. A avaliação da dor deve ser rotineira e diária. A analgesia não deve ser poupada.

  • Avaliação da dor: Sempre avalie a intensidade da dor e a resposta do paciente à terapêutica
    administrada. Um dos instrumentos mais simples é a escala numérica, que gradua de zero (ausência de dor) até dez
    (a pior dor já sentida). Nesse caso, considera-se até o valor dois uma dor leve, três a sete, moderada, e
    oito a dez, dor intensa. Uma pontuação inferior a três após administração da droga sugere sucesso no tratamento,
    respeitando-se o tempo esperado de ação da medicação empregada.
Escala da Dor
Escala da Dor

 

No caso em que o paciente encontra-se sedado profundamente, a avaliação em escala descrita fica comprometida. Uma maneira de avaliar é utilizar a escala comportamental de dor (BPS – Behavorial pain scale).

BPS - Behavorial Pain Scale
BPS – Behavorial Pain Scale

 

A escala BPS, quando soma > 5 é indicação definitiva de sedação. A maior controvérsia envolvendo esta escala é que os pacientes que mais se beneficiariam da ideia de sua aplicação são os que estão mais sedados e, sendo assimm dificilmente pontuariam.

Planejar o tratamento

  • Para pacientes com dor leve a moderada, o primeiro degrau é usar droga não opiácea, com adição
    de uma droga adjuvante, conforme a necessidade. Analgésicos simples e anti-inflamatórios são os fármacos de
    primeira escolha;
  • Se essa estratégia  não obtiver resultado, adiciona-se um opióide fraco;
  • Se a combinação de opiáceo fraco com o não opiáceo também não for efetiva no alívio da dor,
    substitui-se o opióide fraco por um forte.

Opções terapêuticas

  • Para pacientes com dor leve a moderada, o primeiro degrau é usar droga não opiácea, com adição
    de uma droga adjuvante, conforme a necessidade;
  • Sugere-se titular um agente analgésico, administrando a dose efetiva mínima conhecida, do
    agente de escolha (preferencialmente por via oral), e observar a resposta do paciente (conforme as
    propriedades farmacocinéticas). Instituir a dose do fármaco em que se obteve efeito satisfatório como fixa
    (regular), e indicar doses de resgate (com um fármaco mais potente) para avaliações de ajuste posteriores;
  • Na necessidade de opióides, fazer esquema de rodízio, calculando a dose diária total de
    analgésicos nas 24 horas, incluindo as doses de resgate. Definir uma dose de manutenção, dividir a dose
    diária total pelo número de vezes que serão administradas em um dia e prescrever as doses de resgate;
  • Pacientes recebendo analgesia “pelo relógio” (com horário estabelecido) também devem
    sempre ser providos de “dose resgate” de analgésicos. Nesse caso, nunca usar um opiáceo fraco
    como resgate de opióide forte.

Leia mais sobre analgesia no post desta semana: Qual a melhor droga para cólica renal?

Este conteúdo foi desenvolvido por médicos, com objetivo de orientar médicos, estudantes de medicina e profissionais de saúde em seu dia-a-dia profissional. Ele não deve ser utilizado por pessoas que não estejam nestes grupos citados, bem como suas condutas servem como orientações para tomadas de decisão por escolha médica. Para saber mais, recomendamos a leitura dos termos de uso dos nossos produtos.

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