Como ler ultrassonografia nos casos de apendicite aguda?

A ultrassonografia tem sido uma ferramenta no auxílio para o diagnóstico de apendicite aguda. Saiba como ler o exame e identificar a doença.

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A dor abdominal é uma das queixas mais comuns em ambulatórios de urgência e emergência. Cabe ao médico plantonista, nesses casos, atentar para possíveis morbidades cirúrgicas como quadros de apendicite aguda. Isso porque complicações decorrentes do retardo desse diagnóstico podem refletir seriamente em índices de mortalidade e em altos custos para a saúde pública. Assim, para melhor elucidação dos casos a ultrassonografia tem sido uma ferramenta no auxílio a esses questionamentos e diferenciação entre os diagnósticos.

Estudos apontam que a prevalência de apendicite aguda é rara antes dos dois anos de idade e em idosos, com a ocorrência dos casos se concentrando na segunda e terceira décadas de vida. Além disso, com predomínio em homens, na proporção 3:2. A problemática se deve a sintomatologias atípicas que dificultam a definição diagnóstica dada a vasta quantidade de diagnósticos diferenciais, que vão desde ginecológicos até osteomusculares.

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Ao se deparar com o laudo ultrassonográfico o médico deve observar o transdutor utilizado. Nesses casos a indicação deve ser o uso do transdutor linear, pois apresenta a frequência da onda direcionada para estruturas anatômicas mais superficiais. Em segundo momento, deve atentar-se para as alterações sugestivas de apendicite.

Em consenso, são elas: diâmetro maior que 6 mm, apêndice não compressivo, presença de fecálito, alteração da gordura periapendicular, parede do apêndice com espessura superior a 3 mm e visualização do apêndice no ponto mais doloroso do abdome. Vale ressaltar que a visualização dessas alterações depende da experiência do examinador e da colaboração do paciente frente ao quadro álgico.

Assim, diante de uma suspeita clínica de apendicite, a ultrassonografia pode ser considerada uma ferramenta útil no diagnóstico. Isso porque é de baixo custo, acessível, não invasivo e pode ser feito em tempo hábil. Entretanto, jamais deve ser retardada a conduta médica para aguardar o resultado do exame.

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