Como o enfermeiro deve abordar a intoxicação alcoólica?

Intoxicação alcoólica é o abuso intencional ou acidental do álcool. O álcool é absorvido 30-60 minutos após a ingestão oral e metabolizado pelo fígado.

A intoxicação alcoólica consiste no abuso intencional ou acidental do álcool. O álcool é absorvido entre 30 e 60 minutos após a ingestão por via oral e metabolizado pelo fígado, cujo principal efeito é a inibição gliconeogênese, com consequente hipoglicemia.

homem com intoxicação deitado na mesa segurando garrafa de vodka

Intoxicação alcoólica

Os principais sinais e sintomas são:

  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Taquicardia;
  • Dor abdominal;
  • Hipotensão;
  • Alteração do humor;
  • Alteração do comportamento;
  • Alteração do nível de consciência;
  • Ansiedade e irritabilidade;
  • Coma.

Leia também: Intoxicação exógena em crianças: conduta do enfermeiro

O que é importante saber na etapa de coleta de dados?

Anamnese:

  • Tipo de bebida e quantidade ingerida (para saber o teor alcoólico aproximado);
  • Uso de medicações hipotensoras ou psicoativas;
  • Histórico psiquiátrico;
  • Horário e quantidade da última refeição;
  • Possibilidade de ter ocorrido algum trauma durante a intoxicação.

Exame físico:

  • Avaliar nível de consciência;
  • Sinais vitais;
  • Perfusão;
  • Grau de desidratação;
  • Presença de trauma associado;
  • Risco de queda.

Mais do autor: Qual a conduta do enfermeiro no afogamento em pediatria?

Tratamento clínico

  1. Caso não possua histórico de trauma que contraindique, deixar o paciente em posição de recuperação para diminuir o risco de broncoaspiração;
  2. Manter paciente aquecido (normotérmico);
  3. Oferecer oxigênio suplementar;
  4. Estabelecer acesso venoso periférico calibroso;
  5. Administrar reposição volêmica com solução cristaloide;
  6. Administrar tiamina 300 mg via intramuscular;
  7. Manter glicemia entre 70 e 99 mg/dL;
  8. Em caso de síndrome de abstinência, utilizar benzodiazepínico.

Diagnósticos de enfermagem:

  • Risco de desequilíbrio hídrico;
  • Risco de desequilíbrio eletrolítico;
  • Risco de queda.

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Referências bibliográficas:

  • Verster JC. The alcohol hangover–a puzzling phenomenon. Alcohol Alcohol. 2008 Mar-Apr;43(2):124-6. doi: 10.1093/alcalc/agm163. Epub 2008 Jan 8.
  • Reichenberg A, Yirmiya R, Schuld A, et al. Cytokine-associated emotional and cognitive disturbances in humans. Arch Gen Psychiatry. 2001 May;58(5):445-52.
  • Babor TF. Caetano R. Evidence-based alcohol policy in the Americas: strengths, weaknesses, and future challenges. Rev Panam Salud Publica. 2005 Oct-Nov;18(4-5):327-37.

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